Viver
Palavra de Honra | “Educar, esclarecer e informar é premente”
Marcelo Brites, investigador na área dos jogos digitais para a saúde
Já não há paciência… para extremismos e extremistas que fraturam invés de unirem. Os extremismos muitas vezes geram divisões profundas e dificultam o diálogo construtivo. É importante apostar-se na empatia das pessoas e da sociedade. Exercitar mais a escuta activa, procurando entender os outros, mesmo quando discordamos, e assim criar pontos de convergência. Os extremismos procuram a falta de educação e a falta de pensamento crítico para proliferarem narrativas enviesadas, simplistas e esvaziadas de soluções construtivas. Educar, esclarecer e informar é premente, mas parece cada vez mais uma luta desigual de David contra Golias.
Detesto… Kiwi.
A ideia… de um mundo mais equitativo, sem fundamentalismos políticos, com mais acção respeitando e reconhecendo que as pessoas partem de pontos diferentes e, portanto, requerem tratamentos diferenciados para que todas tenham oportunidades reais de alcançar os mesmos objectivos, e assim ver o elevador social a funcionar, o que não tem acontecido muito no nosso País.
Questiono-me se… algum dia isso acontecerá ou se será utópico.
Adoro… caminhar nas montanhas rochosas do Parque Nacional da Peneda Gerês. É indescritível a sensação de se chegar ao topo da montanha cansado, parar para contemplar, e rumar em direcção à próxima montanha. O montanhismo tem um misto de pedagogia, sacrifício e sabedoria que só quem faz, sabe o que se sente e o que às pedras confessa.
Lembro-me tantas vezes… do que não me posso esquecer
Desejo secretamente… estar em silêncio na Natureza. Existem locais magníficos para esse exercício, e o melhor, é que nalguns desses locais, existem pessoas com quem podemos comungar da mesma experiência de silêncio na Natureza.
Tenho saudades… de quando a minha avó me fazia o pequeno almoço com o leite quente acabado de tirar, ainda com a nata, e das torradas feitas ao lume aceso pelos carolos do milho.
O medo que tive… quando o primeiro transplante falhou e fui submetido a um segundo num espaço de poucos dias.
Sinto vergonha alheia… de situações de assédio entre colegas de trabalho, que são mais frequentes do que se possa imaginar.
O futuro… é um misto de incerteza, liberdade e possibilidades, que nos desafia a viver no presente com consciência das consequências para o que ainda está por vir. Gosto muito de reger a minha ideia de futuro por um equilíbrio saudável entre duas abordagens filosóficas, uma utilizada por Bergson, que define que o tempo não é uma linha fixa, mas um fluxo contínuo (duração) — e futuro que emerge desse fluxo criativo. A outra, uma ideia de futuro numa perspectiva indeterminista, moldada pelas escolhas e acções humanas.
Se eu encontrar… uma Montanha, encontro a minha liberdade.
Prometo… não desistir
Tenho orgulho… imenso nos meus Pais. É inadjetivável. Fizeram imensos sacrifícios, aguentaram, enquanto Pais, muito mais do que deviam.