Viver
Palavra de Honra | Que os porcos ganhem asas e o impossível aconteça!
Estela Alexandre, pianista e compositora
- Já não há paciência … para o conservadorismo. É estranho querermos, enquanto sociedade, decidir algo pelos outros quando isso ultrapassa a nossa individualidade. Talvez o conceito de liberdade de expressão, liberdade no geral, na verdade, não seja um conceito assim tão claro para todos. É estranho quando alguém, que não tem capacidade biológica de dar à luz outro ser, tem voto na matéria em assuntos como o aborto. É estranho que alguém queira decidir que apenas se podem relacionar pessoas de sexos diferentes. Não há paciência para quem quer decidir por todos um bem comum (inexistente).
- Detesto… é uma palavra muito forte. Não adoro cogumelos.
- A ideia… será o início do sonho?
- Questiono-me se… fechei o carro e a porta de casa demasiadas vezes. Confirmo sempre se está trancado mesmo depois de ter acabado de fechar.
- Adoro… olhar para as pessoas, observá-las nas suas vidas. Adoro receber pessoas, adoro um bom convívio e programas de última hora que acabam por nos surpreender. Adoro ter uns dias de férias sozinha, longe da cidade, com telemóvel apenas para o estritamente necessário, sem horários, sem grandes planos, só a contemplar.
- Lembro-me tantas vezes… de quão bonita é a natureza.
- Desejo secretamente… que os porcos ganhem asas e o impossível aconteça!
- Tenho saudades… ás vezes, do que ainda não aconteceu.
- O medo que tive.. de gravar e tocar a minha música, teve tanto de assustador quanto de libertador e entusiasmante.
- Sinto vergonha alheia… da condenação e humilhação em praça pública. Temos assistido a alguns episódios destes, nos últimos tempos, na propagação do ódio. Talvez o fim do mundo seja a nossa autodestruição.
- O futuro… é daqui a um minuto.
- Se eu encontrar… um pote de amor e empatia, espalho-o pelo mundo inteiro.
- Prometo… morrer.
- Tenho orgulho… às vezes.