Viver

Palavra de Honra | Se encontrar Deus vendo-o em caixinhas

24 jun 2021 10:10

Bruno Monteiro, biólogo, enófilo, gastrónomo e atleta.

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- Já não há paciência… para pessoas que respondem a questionários que ninguém quer ler.

- Detesto… a banalidade, principalmente a minha. É triste perceber que só sou um bocadinho melhor que os outros.

- A ideia… desenvolver uma máquina que produzisse energia sem prejudicar o ambiente a partir de uma fonte abundante… tipo uma bateria a pelo de Tony Ramos.

- Questiono-me se… alguém já não pensou nisto antes. Uma bateria a pelo de Tony Ramos é uma ideia demasiado óbvia.

- Adoro… tudo o que é velho ou antigo! É a patine: música, livros, pintura; até a cozinha! Se a cena não tiver aquele toque de caruncho… não contem comigo.

- Lembro-me tantas vezes… da minha avó. Era a minha pessoa preferida.

- Desejo secretamente… transformar um projeto lúdico num projeto de Vida.

- Tenho saudades… de não ter saudades. O mundo simplesmente acontecia e não nos questionávamos sobre o que se perdeu...

- O medo que tive… quando depois de muito te ver… te vi pela primeira vez.

- Sinto vergonha alheia… do Grande Arquiteto que projetou um Universo cujo tecido cósmico gerou a a Vida. Quando a primeira molécula de DNA surgiu na sopa primeva, os dados estavam lançados para o aparecimento do Homem fruto do mesmo determinismo biológico que gerou vermes que se alimentam do glóbulo ocular de crianças bem como de microrganismo que matam sem sequer terem consciência da sua própria existência. Para mim, é difícil conceber um Criador cuja omnisciência gera Homens bons, flores, danças e mar... mas também guerra, pragas, cataclismos cósmicos, o chouriço vegan e a cerveja sem álcool.

- O futuro… a doce carícia da Ceifeira.

- Se eu encontrar… Deus, vendo-o em caixinhas com embrulhos bonitos para enriquecer de forma divina.

- Prometo… agarrar-te pela mão, sussurrar-te ao ouvido e levar-te a dançar.

- Tenho orgulho… na diversidade absurda que compõe o meu grupo de amigos.