Sociedade

Parte de zona verde do Polis cortada para ampliar estacionamento

21 mar 2019 00:00

Câmara de Leiria justifica medida com necessidade de aumentar o parque junto às piscinas para instalar o Mercado do Levante durante a Feira de Maio.

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Maria Anabela Silva

A zona verde do percurso Polis entre o parque estacionamento existente junto ao Complexo Municipal de Piscinas de Leiria e o rio foi cortada para permitir a ampliação da área de aparcamento.

A Câmara de Leiria justifica a medida com a necessidade de criar mais espaço no local para aí instalar provisoriamente o Mercado do Levante, que se realiza à terça-feira e ao sábado, enquanto decorrer a Feira de Maio.

De acordo com informações prestadas pelo vereador Gonçalo Lopes durante a reunião de Câmara realizada, esta terça-feira, a intervenção permitirá criar 80 a 90 lugares de estacionamento.

Contudo, o autarca reconheceu que, mesmo com esse aumento e com redução da área atribuída a cada banca, não haverá espaço para acolher todos os feirantes que habitualmente vendem no Mercado de Levante. “Iremos abrir inscrições para saber quem quer ir para o local nessas condições, com bancas mais pequenas”, adiantou o vice-presidente da Autarquia.

“Tiramos zona verde para criar mais lugares que não chegam para todos”, constatou Álvaro Madureira. Recordando que o problema se irá agravar no futuro, com a construção do pavilhão multiusos, o vereador do PSD defendeu que a Câmara devia ter já encontrado uma solução “integrada” e “não continuar a empurrar o problema com a barriga”. “Uma coisa de cada vez”, respondeu Gonçalo Lopes.

Entretanto, Joana Cartaxo, representante do PCP na Assembleia Municipal, já solicitou esclarecimentos à Câmara referentes à destruição daquela área verde, com a retirada do relvado e o corte de várias árvores.

Nesse pedido de informação, a eleita do PCP solicita que lhe seja dada a conhecer a “fundamentação técnica e administrativa” para aquela “destruição”, bem como “cópia dos actos administrativos (deliberações da Câmara ou despachos de quem de direito)” que sustentam a intervenção.