Viver
Património Rota do Neveiro dá a conhecer as fábricas de sorvetes dos reis
Uma iniciativa que valoriza o património histórico de Castanheira de Pera e Cadaval foi buscar inspiração num dos grandes luxos da civilização moderna, o gelo
Textos de Inês Quintas com JSD
Saborear um gelado é um dos grandes prazeres num dia quente de Verão. Em Portugal, durante o reinado de Filipe II, no século XVI, era já costume comer um sorvete ou beber uma bebida fresca quando o calor apertava.
Mas, sem electricidade ou congeladores, como era possível, em pleno Verão, encontrar gelo?
A resposta tem ligações ao distrito de Leiria.
Em Castanheira de Pera, num dos cumes da Serra da Lousã, mais precisamente, em Santo António das Neves, existia uma “fábrica de gelo”.
Todos os Invernos, as gentes serranas recolhiam a pura neve branca para dentro de “poços de neve”, que depois era compactada até formar o famoso ingrediente que, depois, encontrava caminho, em barcos à vela que percorriam os rios Zêzere e Tejo, até à Corte, em Lisboa.
Também nos montes que rodeiam o Cadaval havia uma verdadeira indústria do gelo, que satisfazia as necessidades de inúmeros clientes bem abastados da capital. Foi com o intuito de manter a ligação a este passado, que os dois municípios criaram a Rota dos Neveiros.
Paulo Silveira é um dos docentes que acompanhou uma turma do Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto, de Castanheira de Pera, numa visita à fábrica de gelo do Cadaval que teve como fim destacar as sinergias possíveis entre os dois municípios.
Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?
Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.