Sociedade
Pavilhão multiusos divide Leiria
Dois anos depois de conhecida a proposta para o multiusos e num momento em que a Câmara está a analisar o processo, o JORNAL DE LEIRIA foi ouvir a opinião dos leirienses. Das 2095 pessoas que responderam ao inquérito online, 57% são contra e 43% a favor.
Depois de sucessivos adiamentos e de alguma polémica à mistura, a 20 de Fevereiro de 2018 era, finalmente, conhecida a proposta vencedora do concurso de ideias para o pavilhão multiusos de Leiria, designado por Centro de Actividades Municipal, previsto para nascer junto ao estádio.
Dois anos volvidos, os projectos de execução, a cargo da equipa de Pedro Cordeiro, arquitecto vencedor do concurso, ainda não foram aprovados pela Câmara, que continua a analisar o processo. Não se vislumbra, por isso, a abertura do concurso internacional para a empreitada e, muito menos, o início da obra.
“Falta analisar cuidadosamente, em múltiplas vertentes, as complexas especificidades de um projecto desta natureza, tendo em conta a sua dimensão e impacto, quer na vertente técnica e estimativa de custo”, limitou-se a dizer, por escrito, o presidente da Câmara de Leiria, em resposta a um pedido de esclarecimentos do JORNAL DE LEIRIA.
Em causa está a construção de um pavilhão com capacidade para acolher espectáculos que levem até 7.500 pessoas, das quais 4.000 em lugares sentados, e que permita também a realização de congressos, de feiras temáticas e de eventos desportivos. Neste último domínio, o equipamento será dotado de um espaço para as modalidades de pavilhão e de uma pista de atletismo para treino e competições, capaz de receber provas internacionais.
Inicialmente, foi anunciado que a obra custaria cerca de 12 milhões de euros, valor que serviu de base ao concurso de ideias. No entanto, com a evolução dos preços e com as alterações já introduzidas em sede de elaboração de projectos, a pedido do promotor da obra, a Câmara, a estimativa de custo já se aproxima dos 18 milhões de euros, segundo apurou o JORNAL DE LEIRIA.
Uma das principais alterações prende-se com a instalação de uma pista para atletismo, com condições para competições internacionais, valência que não estava prevista no caderno de encargos do concurso de ideias e que implicará alterações à estrutura do edifício e, consequentemente, aumento dos custos.
Numa fase em que o Município assume que “o processo encontra- -se em análise”, o JORNAL DE LEIRIA foi ouvir a opinião de várias agentes do desporto, da cultura e da economia, as três áreas que serão servidas pelo centro de actividades municipal, e pessoas ligadas ao planeamento e ao associativismo cívico, a quem perguntámos se Leiria precisa de um pavilhão multiusos com as características que estão anunciadas.
A mesma questão foi colocada num inquérito online, promovido através da página do facebook do jornal. Entre as personalidades ouvidas, existe um certo consenso em torno da necessidade de um pavilhão multiusos na cidade, mas há quem levante dúvidas sobre a dimensão do projecto que está em cima da mesa.
Os agentes desportivos inquiridos – o treinador de atletismo Paulo Reis e os presidentes da UDL, da Juvelis e da Associação de Futebol de Leiria - são unânimes em defender que a cidade pre
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