Sociedade
Plataforma electrónica gere donativos às vítimas do incêndio de Pedrógão Grande
Trabalhadores de uma empresa de Braga desenvolveram uma plataforma electrónica para gerir os donativos às vítimas do incêndio que, em Junho, devastou Pedrógão Grande e mais concelhos, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a F3M afirma que a solução tecnológica, criada por um grupo de 14 voluntários ligados à empresa, fornece também os “indicadores de apoios concedidos”, os quais “passam a ser públicos em tempo real”.
A nova ferramenta, designada “Juntos por todos”, vai permitir “o registo e o cruzamento entre necessidades e doações”, sublinha.
“A plataforma tem uma área pública que apresenta, em tempo real, o total de apoios concedidos e os donativos angariados”, acrescenta a empresa.
Dispondo ainda de uma área reservada “apenas acessível a técnicos envolvidos” no projecto, assegura à União das Misericórdias Portuguesas (UMP) “uma gestão mais eficiente de todos os donativos angariados, nomeadamente monetários, bens e serviços”, além de estabelecer “correspondência com as necessidades identificadas no terreno”, garantido mais “transparência e rapidez” no processo.
A UMP foi uma das entidades incumbidas de organizar o apoio às vítimas dos fogos que assolaram a região Centro, incluindo mais de um milhão de euros obtidos com o concerto solidário “Juntos por todos”, realizado em Lisboa, no dia 27 de Junho, na sequência do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, no dia 17, e que se propagou a municípios vizinhos, tendo causado pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.
Os dados introduzidos na plataforma “são depois cruzados, permitindo uma gestão mais eficiente de necessidades e recursos”, segundo a F3M, empresa especializada em tecnologias da informação e comunicação.
Para lidar com o apoio solidário às vítimas dos incêndios na zona de Pedrógão Grande, a UMP criou um “grupo de trabalho de emergência”, que está a fazer “o levantamento das necessidades mais prementes da população”, em colaboração com as autarquias, Segurança Social e Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Este grupo vai utilizar a nova plataforma para uma “gestão mais eficaz das necessidades e apoios existentes”, adianta a empresa.
Agência Lusa/Jornal de Leiria