Sociedade
Porto de Mós inicia construção do ecoparque em Calvaria de Cima
Investimento de quase um milhão de euros para dotar a única freguesia do concelho com crescimento populacional de um parque de lazer
As obras do eco-parque da Calvaria de Cima, em Porto de Mós, arrancaram esta segunda-feira, com a perspectiva de, dentro de um ano, a população poder usufruir do espaço. O investimento ronda um milhão de euros e visa dotar a única freguesia do concelho que, na última década, registou aumento populacional, com um parque de lazer
"É um projecto fundamental para a Calvaria e para o concelho. Vem dar resposta a uma necessidade da freguesia", afirmou o presidente da câmara, Jorge Vala, durante a assinatura do contrato de consignação da obra.
Para o autarca, este investimento faz parte de uma estratégia para que a freguesia "não seja apenas um dormitório dos territórios à volta" e que possa afirmar-se pela sua "dinâmica própria". "A população vai deixar de ter de ir a concelhos vizinhos ou a Porto de Mós para usufruir de um espaço de lazer. Passará a fazê-lo na Calvaria, com um projecto moderno e assente na sustentabilidade ambiental", reforçou Jorge Vala.
A executar nas traseiras da sede da junta, com ligação ao parque infantil já existente, o futuro parque terá um espelho de água, com a execução de uma bacia de retenção de águas pluviais, a partir da recuperação e renaturalização de uma linha de drenagem natural.
Sose espelho de água, será instalado um miradouro, rodeado de zonas de estadia. Está também prevista uma zona de relvado com anfiteatro, a criação de "prados naturais, que não serão regados", uma área de fitness callisternea, um parque infantil com equipamentos para crianças com idade mais avançadas e um espaço com equipamentos de ginástica.
O projecto incluirá ainda um edifício com sanitários e um quiosque com esplanada, um circuito com cerca de 400 metros para a prática desportiva e um "jogo de água, que funcionará como escultura"
"É uma oportunidade de acentuar os valores naturais, recriando galerias ripícolas e o ciclo da água", realça o arquitecto Hugo Alves, um dos autores do projecto, que destaca ainda o recurso a "tecnologia de ponta no sistema de iluminação, que permitirá o retorno do investimento num prazo relativamente curto".
Confessando-se "orgulhoso" e "de peito feito" com o início da obra, que teve direito a foguetes, o presidente da Junta, Luís Silva, considera que o investimento será "uma grande mais-valia" para a freguesia.