Sociedade
Presidente da República em Óbidos para evocar 50 anos de reunião de capitães de Abril
Sessão realiza-se esta sexta-feira, dia 1, data em que passam 50 anos sobre um três encontros conspirativos mais importantes na preparação do 25 de Abril.
O Presidente da República estará, esta sexta-feira, em Óbidos, para assinalar os 50 anos do encontro de capitães que foi determinante para a organização do movimento que viria a liderar o golpe que levou ao 25 de Abril.
A sessão, a realizar na Casa da Música, tem início às 14:50 horas, com o descerramento de uma placa evocativa da data. Seguem-se as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa e de Filipe Daniel e Vasco Lourenço, respectivamente, presidentes da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, e da Associação 25 de Abril, entidades promotoras do evento.
Pelas 15h30, haverá um concerto com a Jovem Orquestra Portuguesa, seguindo-se uma mesa redonda, com a participação de José Piteira Santos, Vasco Lourenço e José Gonçalves Novo, que estiveram presentes naquela reunião de capitães, realizada no dia 1 de Dezembro de 1974, e que partilharão memórias sobre o encontro.
A sessão de encerramento caberá a Maria Inácia Rezola, comissária executiva Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril,.
À noite, pelas 21 horas, a Praça da Criatividade será palco de um concerto comemorativo pela banda da Sociedade Musical e Recreativa Obidense, que terá como convidado o cantor e poeta Manuel Freire.
Numa nota de imprensa, aquela comissão salienta que o encontro de capitães foi “determinante para a organização do Movimento” e marcou “uma evolução no seu propósito: a guerra e a questão colonial passam a estar no centro das atenções, acabando por, em poucos meses, conduzir à decisão de derrubar o regime”.
“Evocar o caminho percorrido pelos jovens capitães até ao derrube da ditadura é uma etapa fundamental das comemorações”, alega Maria Inácia Rezola.
Citada naquele comunicado, a historiadora refere ainda que “conhecer a história do Movimento dos Capitães é uma das melhores formas de celebrar o 25 de Abril e é essencial na passagem de testemunho sobre a luta contra a ditadura e a construção da democracia que pretendemos promover, sobretudo junto das novas gerações.”