Sociedade
Produtores estudam uso de efluente de suinicultura para regar pomares
Portugal entrou oficialmente em seca em Junho e, desde lá, contamse pelos dedos de uma mão os dias em que choveu com alguma intensidade e, obviamente, a ausência de humidade nos solos tem consequências na actividade de quem vive da terra.
Na região de Alcobaça, a falta de água é visível mas não tem ainda impactos preocupantes no sector agropecuário. O vice-presidente da Associação de Agricultores da Região de Alcobaça e director da Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores, Rui Anselmo esclarece que, apesar de cerca de 90% dos pomares locais usarem técnicas de regadio, ainda não escutou ecos das consequências da falta de água.
“Sei que houve produtores que, devido à descida dos níveis freáticos, tiveram de baixar em profundidade os furos e mudar tubagens”, adianta. Anselmo diz ainda que conhece casos de agricultores que estão a estudar a possibilidade de passar a utilizar ferti-rega, caso este episódio de seca se torne mais duradouro.
“A ideia é usar o efluente suinícola, depois de um pré-tratamento, que o torna apto para regar e fertilizar simultaneamente.” O líquido resultante, embora não possa ser descarregado nas linhas de água, pode assim ser utilizado para a produção agrícola.
A produção pecuária, para já, não regista situações relacionadas com a seca, contudo, alguns produtores de animais para engorda estão a ajustar as dietas dos bovinos para conterem menos palha, fornecendo-lhes fibra a partir de outras origens, que não a palha.
“Há pouca palha, devido à falta de chuva, e a que há é muito cara”, resume o responsável. A falta de precipitação também atrasou as sementeiras para a produção de silagem e fenos, o que deverá também ter alguns impactos na actividade pecu&aa
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