Sociedade
Projectos arqueológicos de Leiria recebem apoio extraordinário da Direcção-Geral do Património
Abrigo do Lagar Velho é uma das investigações apoiadas
O projecto Ocupação Humana Plistocénica nos Ecótonos do rio Lis - Segunda fase. 2021-2025, da responsabilidade científica de Telmo Jorge Ramos Pereira, e a investigação O Abrigo do Lagar Velho e os primeiros humanos modernos do extremo ocidental europeu, da responsabilidade científica de Joan Daura Lujan, vão receber um financiamento a 100% extraordinário da Direcção-Geral do Património Cultural financiamento a 100%.
O primeiro trabalho procura compreender os modos de vida e os rituais de morte das populações pré-históricas que habitaram a bacia do Rio Lis, especialmente durante o Paleolítico.
Iniciado em 2015, o EcoPLis registou no seu primeiro ano de actividade 45 novos sítios arqueológicos e iniciou escavações em quatro sítios arqueológicos já conhecidos.
Os resultados obtidos ao longo de cinco anos permitiram confirmar as expectativas, nomeadamente a identificação de ocupações com funcionalidades específicas, como o concheiro Epipaleolítico e oficina para exportação de peças em sílex Solutrense no Abrigo do Poço, ambas ligadas a momentos de crise climática, bem como explorar em maior profundidade o contexto Moustierense da Praia do Pedrógão, e ainda identificar contextos de necrópole do Neolítico ao Calcolítico no Abrigo da Buraca da Moira, para além de enriquecer o mapa de sítios arqueológicos pré-históricos a nível regional, refere uma nota de imprensa.
Iniciado em 2018, o projecto do Abrigo do Lagar Velho tem como objectivos principais compreender a sucessão da ocupação humana naquele local, na sua relação com o espaço e a geometria do Vale do Lapedo e compreender e caracterizar a variabilidade/ diversidade funcional das ocupações, considerando os factores Tempo e Espaço.
Tem ainda como meta caracterizar as estratégias líticas e económicas, numa perspetiva diacrónica; compreender o Abrigo do Lagar Velho enquanto parte integrante do Vale do Lapedo, considerando os recursos disponíveis e a sua relação com outros abrigos naturais.
As candidaturas aprovadas pela DGPC respeitaram o limite de financiamento máximo fixado em dez mil euros.