Sociedade
Proposta a valorização da Fábrica de Vidros da Marinha Grande
Medidas visam proteger legado “único em Portugal”
Considerada pelo especialista em arqueologia industrial Jorge Custódio um “dos mais importantes monumentos industriais do País”, a Fábrica de Vidros da Marinha Grande (FEIS) vai ser alvo do Programa de Valorização do Património Municipal local.
As medidas serão apresentadas publicamente no Teatro Stephens, no sábado, dia 11, pelas 17 horas, pelo investigador, professor, arqueólogo e historiador, que ao longo de 2022, estudou vários arquivos da antiga fábrica de vidros Guilherme Stephens.
Os resultados serão apresentados, a par de uma proposta para valorizar um legado que, na sua opinião, “é único em Portugal”. “Não há mais nenhum, a não serem as ruínas da antiga Real Fábrica de Vidros de Coina, no Barreiro”, explica.
Na Marinha Grande, os dois conjuntos fundamentais da antiga fábrica de vidros, que hoje é património municipal, dividem-se em conjunto norte, que actualmente pertence ao município e em conjunto sul, que integra a Casa da Cultura - Teatro Stephens, o Museu do Vidro, a biblioteca e arquivo municipais, e a escola profissional.
Em Dezembro de 2018, a Câmara da Marinha adquiriu a antiga FEIS, com uma área de 11 mil metros quadrados, que passou a integrar o acervo municipal além de outro do património Stephens.
Jorge Custódio considera a aquisição “fundamental” para a essência do Programa de Valorização do Património Municipal da Fábrica de Vidros.