Sociedade
Refugiados afegãos já deixaram centro de acolhimento em Fátima
Grupo de 175 pessoas encontra-se em casa autónoma e das 53 famílias acolhidas, 25 já têm, pelo menos, um membro a trabalhar
Os 175 refugiados afegãos que, em Novembro do ano passado, foram alojados num centro de acolhimento que funcionou num hotel em Fátima, já se encontram em “habitação autónoma através de arrendamento comercial”.
A informação é avançada ao JORNAL DE LEIRIA pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR), que coordenou o trabalho de integração destes imigrantes. De acordo com os dados facultados, dos 110 adultos acolhidos, 31 já se encontram empregados.
“Em 53 famílias, 25 têm, pelo menos, um membro a trabalhar”, adianta a direcção do SJR, apontando “a falta de resposta de creche” como um factor que “atrasa a questão da empregabilidade dos pais”. Este organismo assinala também como dificuldade o facto de, em situações de documentos caducados, os serviços “não conhecerem a lei que prorroga as validades” e de as empresas se sentirem “inseguras para contratar”.
A habitação foi outro dos grandes desafios com que as equipas do SJR se debaterem no processo de integração destes refugiados. “Foi preciso um enorme esforço para encontrar casas com preços que consigam ser pagos pelas famílias acolhidas no final de um ano de contrato através do seu trabalho, o custo de vida é cada vez mais caro. Só foi possível através da procura e sensibilização dos senhorios”, destaca a resposta enviada ao JORNAL DE LEIRIA.
Além dos adultos já empregados, “houve ainda respostas positivas de possível entrada em estudos universitários” de alguns dos jovens acolhidos. “As famílias encontram-se todas integradas em respostas de aprendizagem da língua ou à procura de resposta nesta área, a trabalhar ou à procura de emprego”, informa o SJR, que enaltece e agradece a “o poder de hospitalidade da sociedade civil e dos parceiros”, que contribuiu para que, “em poucos meses se tenham conseguido grandes marcos na autonomização de cada família”.
Entre os apoios concedidos, o SJR realça as “imensas doações” e a ajuda dos voluntários que colaboraram quer no centro de acolhimento quer na fase de instalação dos imigrantes em casa própria, “tanto a limpar e a mobilar, como a acompanhar de perto as famílias nas suas nov
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