Sociedade
Região reivindica ampliação do hospital de Leiria e eliminação de portagens
Comunidade Intermunicipal apresenta oito medidas prioritárias para o Orçamento do Estado de 2026
A ampliação do hospital de Santo André e a eliminação/modulação de portagens na A19, no IC36 e no troço Marinha Grande/Leiria da A8 são duas das oito medidas “prioritárias” para a região que a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) quer ver incluídas na proposta de Orçamento do Estado para 2026.
As medidas constam de um dossier reivindicativo, aprovado pela CIMRL, que foi remetido à Assembleia da República e aos deputados eleitos pelo distrito, com o propósito de sensibilizar os parlamentares e o Governo para “a importância de garantir financiamento adequado aos projectos estruturantes da Região de Leiria”, revela uma nota de imprensa da CIMRL.
No documento, os autarcas reclamam também a execução de acessibilidades “estratégicas” para este território, nomeadamente, a requalificação do IC8, no troço entre Pombal e Avelar, e a ligação do IC9 à A1, bem como a construção de um emissário submarino para descarga do efluente tratado da ETAR do Coimbrão. É também defendida a “antecipação” da segunda fase da Linha de Alta Velocidade (LAV), que inclui o troço que atravessa à região, com o lançamento de concurso logo após a avaliação ambiental e “em coordenação com a modernização da Linha do Oeste".
Outro dos projectos que a CIMRL quer ver incluído no OE de 2026 é a criação do HUB Logístico de Leiria, “como resposta à crescente importância do e-commerce, da exportação industrial e da intermodalidade de transportes, colocando a região “como nó logístico central do centro do País”. Os autarcas reivindicam ainda do Governo a concretização do Museu Nacional da Floresta e apoio ao projecto MetroBus Leiria, que prevê ligações rápidas entre Leiria, Marinha Grande, Pombal, Batalha, Porto de Mós e Fátima, integrando-se com a futura estação de Alta Velocidade da Barosa.
“O que propomos é uma visão equilibrada, com projectos que criam valor e qualidade de vida para as pessoas”, argumenta Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria e da CIMRL, que lamenta que a região “continue a ser penalizada por critérios de investimento centralizados”, apesar de ter “uma posição estratégica no País” e contribuir “decisivamente para a economia nacional.