Sociedade

Resilei obrigada a ter equipas próprias de combate a incêndio no aterro

20 mar 2023 17:00

Município de Leiria reúne com administrador

resilei-obrigada-a-ter-equipas-proprias-de-combate-a-incendio-no-aterro
Infra-estrutura da Resilei foi ampliada
Ricardo Graça

No espaço de seis meses, a Resilei – empresa de tratamentos de resíduos industriais - sof reu dois incêndios, que levou à mobilização de operacionais de várias corporações da região no combate às chamas.

Os serviços municipais de Leiria reuniram-se na sexta-feira passada com o administrador da Resilei para abordar a necessidade de melhoramentos no plano de incêndios da empresa.

Luís Lopes, vereador da Protecç ão Civil, explica que a autarquia verificou que “houve uma melhoria da rede de abastecimento” e foram de novo sensibilizados para a necessidade de terem uma “equipa de primeira intervenção para o combate a incêndios com meios próprios”.

“Pedimos para que haja um maior cuidado na triagem dos lixos e verificação se não há matéria incandescente”, acrescenta.

Em Setembro, após o incêndio de Agosto, o Município de Leiria apontou à empresa a necessidade de criarem uma rede de incêndio, que “está sub-dimensionada, tendo em conta o aumento da área de exploração.”

“Podemos dizer que é lixo que está a arder, qual é a consequência disto? Mas não podemos esquecer as emissões gasosas e os lixiviados que podem contaminar as linhas de água, além dos recursos que são empenhados”, alerta Luís Lopes.

Neste último incêndio, há cerca de duas semanas, estiveram empenhados, durante seis horas, seis corpos de bombeiros, nove veículos e 27 bombeiros. As causas do incêndio não foram apuradas, o que se torna difícil, admite o vereador, depois do fogo apagado.

“Pode ser uma deposição de cinzas ou uma indústria que não fez o tratamento correcto daquilo que está a ser transportado para a unidade e provocou um incêndio, ou pode ser uma reacção normal da decomposição de matéria orgânica que está em aterro e originou uma inflamação”, exemplifica.

O objectivo, assegura Luís Lopes, é que o aterro funcione “em perfeitas condições, que não lhes coloque problemas em termos económicos nem a toda a envolvente, nomeadamente a comunidade e o ambiente”, nem obrigue a “empenhar recursos que já são escassos”.