Economia
Resorts turísticos de Óbidos lutam para reconquistar investidores
Apresentados como projectos que iriam revolucionar o panorama turístico na zona Oeste, os grandes resorts de Óbidos sofreram uma travagem devido à crise e ainda lutam para recuperar mercado. O que não impediu o arranque de um novo empreendimento
Um centro hípico e 79 moradias individuais num terreno de 57 hectares. Era este o desenho inicial do projecto Quintas de Óbidos, na zona do Bom Sucesso. Quase dez anos depois do seu arranque, existe o centro hípico e estão construídas seis moradias.
Dos mais de 100 milhões de euros de investimento previsto para este empreendimento vocacionado para o mercado da segunda habitação e do turismo residencial europeu foram investidos 35 milhões. Como este, também os outros resorts de Óbidos têm atravessado dificuldades e dois deles estão igualmente longe de estar concluídos.
A crise afastou potenciais investidores e colocou um travão no andamento dos projectos. E algumas das empresas promotoras entraram em insolvência. Foi o caso de uma das sociedades responsáveis pelo Bom Sucesso, classificado como Projecto de Interesse Nacional (PIN).
Nos primeiros meses deste ano, o Grupo One Biz passou a deter a gestão e exploração turística das casas, do campo de golfe e da restauração do empreendimento. Pedro Portugal, actual CEO do Bom Sucesso, explica que das 600 casas contempladas na primeira e segunda fases do projecto estão construídas 400.
Estava prevista a existência de um hotel de cinco estrelas, com assinatura de Souto Moura, que chegou a ser anunciado como sendo da cadeia Hilton. Neste momento tal não está assegurado. As obras começaram mas estão paradas.
Pedro Portugal diz não ter dúvidas de que a unidade hoteleira, que deverá ser de cinco estrelas, com 120 quartos, piscinas, SPA, restaurantes e salas de congressos, será concluída. Assim como acredita que o resort será terminado.
“Tem havido investidores a demonstrar interesse”, refere. “Acreditamos que no futuro, dada a qualidade do projecto, possamos assistir a novos desenvolvimentos, que inicialmente estavam previstos para uma fase mais inicial”.
O gestor diz que este ano já se registaram “resultados muito positivos” na vertente turística, assim como houve uma “retoma acentuada” na operação do campo de golfe.
O Bom Sucesso, lançado pela Acordo SGPS, tem como conceito/base a arquitectura contemporânea. Inicialmente foram anunciadas duas fases, com um total de 600 fogos, um investimento na ordem dos 200 milhões de euros.
Mas depois a empresa mostrou intenções de avançar com uma nova fase, elevando para 390 milhões o investimento e para mais de mil o número de habitações. O Royal Óbidos, um investimento estimado de 200 milhões de euros, inclui as vertentes de golfe (campo de 18 buracos, que tem recebido várias distinções), turismo e imobiliário.
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