Sociedade

Rio da Areia galga terrenos agrícolas e escava pilar da A8

18 nov 2021 14:34

Agricultores e autarcas da Nazaré preocupados com prejuízos e insegurança

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Talude está danificado e rio escava pilar do tabuleiro da A8
DR
Daniela Franco Sousa

O problema do Rio da Areia, no Valado dos Frades (Nazaré), dura há anos e a discussão sobe de tom sempre que se aproxima o Inverno. Contudo, além da falta de limpeza das margens do rio, que contribui para a subida da água, que galga os campos e causa todos os anos prejuízos a quem ali cultiva a terra, tem vindo a intensificar-se outro constrangimento. O talude de pedra, colocado sob o tabuleiro da A8, sofreu um rombo, pelo que a força das águas já escavou parte de um pilar sobre o qual assenta a auto-estrada.

A situação foi discutida na última reunião de Câmara da Nazaré, onde os autarcas lamentaram a inacção das entidades competentes. E, à margem da reunião, o JORNAL DE LEIRIA contactou agricultores e o presidente da Junta de Valado dos Frades, que se mostraram preocupados com os prejuízos nos campos e com a situação do pilar que sustenta a A8.

“Sabemos que a Câmara da Nazaré já limpou este ano as margens do rio e tapou a zona onde o rebentamento de uma margem causou prejuízos avultados aos agricultores”, realçou António Santos, vereador da CDU. Mas neste momento é preciso voltar a limpar canas, “algumas das quais já com mais de cinco metros de altura”, prosseguiu o autarca, acrescentando que também foi pedida a reparação do talude há cerca de dois anos. Sem intervenção no mesmo, parte do pilar da A8 já está escavado, alertou.

O presidente lembrou que “a responsabilidade da limpeza do canavial é dos confinantes”. Quanto ao rombo no talude, Walter Chicharro disse já ter informado quer a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quer a concessionária da A8, não podendo o município agir sobre uma área que não é da sua jurisdição.

Orlando Rodrigues, vereador do Ambiente, lembrou que a intervenção da autarquia no local, em Março, só foi possível através da Protecção Civil, por se tratar de uma situação de emergência, dado que o local não é de responsabilidade camarária.

Um dos agricultores explicou ao JORNAL DE LEIRIA que, com o passar dos anos, os materi

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