Abertura
Roadies e técnicos. De Rammstein aos Moonspell, não há concerto sem eles
Os invisíveis da cultura estão de volta à estrada, agora que cresce o número de festivais e espectáculos ao vivo pós-pandemia. E, nos bastidores dos eventos mais mediáticos, trabalham vários profissionais de Leiria
Estádio da Luz, data única dos Rammstein em Portugal, nove dias consecutivos de trabalho para as equipas da Matrecos Crew, de Leiria, envolvidas entre 20 e 28 de Junho nas montagens e desmontagens do espectáculo – palco, som, iluminação, vídeo, pirotecnia.
João Daniel, um dos sócios da empresa, a quem toda a gente no meio trata por “Janeca”, atende a chamada do JORNAL DE LEIRIA na quarta-feira – a banda alemã só actuaria na segunda-feira seguinte – quando decorre a colocação da estrutura para movimentação de carga sobre o relvado.
Em 25 anos, nunca a Matrecos Crew forneceu tantos meios num único contrato. Chegarão a ser 200 assistentes em simultâneo, a maioria deles com a função de stagehand.
Pela dimensão, a produção dos Rammstein no regresso a Lisboa só é comparável com a passagem dos U2 por Coimbra ou com os Rock in Rio de Espanha, Brasil e Portugal, em que a empresa de Leiria também colaborou.
Madonna e Metallica são outros internacionalmente famosos que constam no currículo de João Daniel. Nem todas as noites é possível seguir o espectáculo que acontece em cima do palco – “já não me lembro do último concerto que vi do princípio ao fim”, comenta – e quando é possível, por vezes em zonas de acesso restrito, mas, sobretudo, quando surge um artista no caminho, torna-se indispensável “saber estar”, “não interferir”, “não opinar”. Ou seja, “nem um autógrafo se pede”.
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