Sociedade

Ruído junto à Câmara de Leiria ao nível de Lisboa e do Porto

22 set 2016 00:00

A associação ambientalista Zero esteve, ontem, a medir o ruído no Largo da República, em frente à Câmara de Leiria. Foram registados valores médios idênticos a alguns dos locais com mais trânsito em Lisboa (Campo Grande) e no Porto (VCI).

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Maria Anabela Silva

A associação ambientalista Zero esteve, ontem, dia 21, a avaliar o ruído provocado pelo tráfego automóvel em cinco cidades do País, entre as quais, Leiria. Aqui, o local escolhido para as medições foi o Largo da República, em frente à câmara, com os dados recolhidos a apontarem para valores médios idênticos aos registados em Lisboa (Campo Grande) e ligeiramente acima aos verificados no Porto (VCI/Boavista).

As medições começaram por volta das 7:45 horas e terminaram pelas 9:30 horas, sendo que, nos cinco registos feitos em Leiria, os valores médios ultrapassaram sempre os limites legais definidos para zonas mistas (65 decibéis), variando entre os 69 e os 71 decibéis. No Porto (viaduto sobre a VCI da Avenida da Boavista) foram detectados valores de 69 e 70 decibéis, enquanto, em Lisboa (Campo Grande) os técnicos da Zero registaram níveis médios de ruído de 70 e 71 decibéis.

Os resultados de Leiria constituíram “uma surpresa” para Carla Graça, dirigente nacional da Zero, que sublinhou os valores “elevados” registados.

Por seu lado, Paulo Lucas, dirigente da associação que acompanhou os trabalhos em Leiria, considera que os níveis de ruído detectados “vêem confirmar um problema grave que existe nas nossas cidades, relacionado com os elevados níveis ruído provocados pelo tráfego rodoviário, e que tem repercussões graves na qualidade de vida e na saúde das pessoas, mas que é ignorado não só pelos cidadãos, mas também pelas autoridades oficiais”.

No caso de Leiria, Paulo Lucas até reconhece que o município “está no bom caminho”, integrando o lote das autarquias que já têm mapas de ruído aprovados, à semelhança do que acontece com os restantes concelhos da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria. Agora, frisa o ambientalista, “é preciso passar à prática”, com a elaboração e implementação de planos de redução de ruído.

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