Sociedade

Secretário de Estado não trouxe presente desejado ao IPL

19 nov 2015 00:00

O presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Nuno Mangas, apelou à união de toda a região para conquistar o título de universidade, desafio a que responderam de imediato a Câmara de Leiria e a Nerlei

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Presente na sessão solene de abertura do ano lectivo, o secretário de Estado do Ensino Superior não mostrou abertura para satisfazer a pretensão de transformação do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) em universidade.

“Vamos unir esforços e vontades para que o Instituto Politécnico de Leiria possa evoluir para universidade.” Este foi o mote deixado a toda a região pelo presidente do IPLeiria, Nuno Mangas, na sessão solene, que também assinalou os 35 anos da instituição.

“Tem e terá que ser, sobretudo, um desígnio, mas também uma exigência desta região, dos seus empresários, dos seus autarcas, de todos os seus deputados, das suas gentes, das suas instituições e empresas”, sublinhou, considerando que é “notório o grave prejuízo que existe para o desenvolvimento da região, o facto de o Politécnico de Leiria não poder desenvolver a sua missão na sua verdadeira plenitude”.

Lembrando que o Conselho Geral do instituto deliberou “definir como orientação estratégica a evolução do IPL para universidade”, o presidente do IPLeiria garantiu, contudo, que a evolução para universidade não trará alterações ao seu currículo.

"Continuaremos a dispor de licenciaturas de matriz essencialmente técnica, de mestrados onde se faça aplicação dos saberes ao tecido cultural, social e empresarial. O que pretendemos é não estar limitados administrativamente na nossa acção, em especial, em matéria de formação de 3.º ciclo, doutoramentos, e de investigação científica."

Nuno Mangas garantiu que o Politécnico de Leiria “reúne todos os requisitos exigidos” no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. “Existindo um projecto e vontade institucional para o efeito, falta unicamente uma decisão de natureza política.”

E essa, para já, será a principal barreira a transpor. Presente na cerimónia, o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, não mostrou abertura para a transformação do politécnico em universidade.

“Não é muito relevante o nome das instituições, que varia de país para país”, adiantou. "Enquanto for política deste País termos um sistema de ensino superior binário, creio que é obrigação do Estado oferecer a todos os jovens, em todas as regiões do País, a oportunidade de encontrarem um percurso adaptado às suas necessidades”, acrescentou.

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