Viver
Tango. O abraço que chega de Buenos Aires e se move na noite de Leiria
Aulas e milongas em Leiria estão a atrair pessoas de todas as idades para a tradição da mirada y cabeceo em que se comunica sem palavras e sempre com intimidade
Na tradição do tango argentino, o homem convida a mulher através de mirada y cabeceo – um olhar seguido de subtil aceno com a cabeça. Joana Ramirez, que dá aulas em Leiria, traz este e outros códigos de Lisboa (onde nasceu) e de Buenos Aires, onde viveu (e se redescobriu) durante oito anos.
“Eu nunca tinha dançado, não gostava de dançar. Fui assistir e de repente fez-se um clique e eu senti ‘é isto, é isto que eu quero para a minha vida’. Logo, como se fosse alguma coisa que já existisse dentro de mim e que estava adormecida”.
O momento revelação aconteceu ainda em Portugal, durante a licenciatura em Filosofia. Alguns meses depois, com 21 anos de idade, aterrou na América Latina, sozinha. “Não conhecia lá ninguém. Fui à aventura”, conta ao JORNAL DE LEIRIA. “Acabei por formar a minha personalidade, em Buenos Aires, com o tango”. E conclui: “Faz parte daquilo que sou, caracteriza-me”.
As aulas acontecem nos Marrazes, na sede do Rancho da Região de Leiria. Na noite em que o JORNAL DE LEIRIA marca presença há seis duplas a percorrer o salão ao som da orquestra de Osvaldo Pugliese e o desenho que une homem e mulher é imediatamente reconhecível.
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