Sociedade

Técnico de investigação na Noruega soma já 20 maratonas de esqui

17 fev 2019 00:00

Natural de Caldas da Rainha, Paulo Girão trabalha em instituto liderado por Nobel da Medicina.

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Maria Anabela Silva

Já integrou a equipa de Edvard e May-Britt Moser, distinguidos em 2014 com o Prémio Nobel da Medicina. Hoje, Paulo Girão, natural de Caldas da Rainha, trabalha como técnico de investigação no Kavli Institute of Systems Neuroscience, na Universidade de Trodheim, Noruega, liderado pela casal Moser.
A par do seu percurso profissional, este antigo campeão nacional dos 100 metros do desporto escolar, tem participado em provas de esqui, contabilizando já 20 maratonas (com 40 ou mais quilómetros).
A aventura de Paulo Girão por terras da Escandinávia começou em 2001, quando, como aluno de Erasmus, desenvolveu um projecto de investigação na área da neurotoxicidade na Universidade de Copenhaga (Dinamarca).
Foi então que estabeleceu os primeiros contactos com Edvard e May-Britt Moser, professores da Universidade de Trondheim, com vista a fazer o seu doutoramento na instituição, o que viria a acontecer, contando com a supervisão daqueles cientistas.
“Entre 2002 e 2006 tinha uma ligação directa e quase diária com eles”, conta o técnico, que, desde 2009, integra um grupo de investigação, cujo foco é a anatomia e fisiologia do sistema nervoso central.
No Kavli Institute of Systems Neuroscience, Paulo Girão trabalha como técnico de laboratório, especializado em microscopia óptica e confocal e desenvolvimento de software para análise de dados. A sua função passa por auxiliar no planeamento, execução e optimização de projectos de investigação.
É, explica, responsável por “manter os instrumentos em boas condições, ensinar ou aconselhar possíveis estudantes ou investigadores a utilizá-los” e manter-se “actualizado em relação aos desenvolvimentos técnicos que ocorrem neste campo”. “Também sou responsável por assistência em equipamento de electrofisiologia in vitro.”

Antigo velocista amante de esqui
A par do percurso profissional - que incluiu a docência na Universidade Técnica de Trondheim, onde deu aulas de Psicologia Biológica e Psicologia Cognitiva e uma curta experiência como guia turístico e intérprete de portuguêsnorueguês –, Paulo Girão tem competido em corridas de fundo de esqui.
“Fui o primeiro português a participar e a concluir a Birkebeinerrennet e a Vasalöppet [duas importantes corridas de esqui, a primeira na Noruega, com 54 quilómetros, e a segunda na Suécia, com 91 km]”, conta o investigador, que nos seus tempos de juventude praticou atletismo.
Chegou a ser campeão nacional de 100 metros, no desporto escolar, e, em representação do Bairro dos Anjos (clube de Leiria), conquistou vários títulos distritais de juniores e, neste mesmo escalão, um segundo lugar no campeonato nacional na estafeta de 4x400 metros.
No pico da actividade de esquiador,  

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