Sociedade
TUMG perdeu 4200 passageiros em 2015
Oposição apresenta sugestões para rentabilizar empresa municipal da Marinha Grande
Mais uma linha de circulação, investimento em dois novos autocarros, em abrigos e máquinas de bilheteira, mas, por outro lado, menos passageiros, menos receitas e grande dependência de subsídio municipal.
Foram estes os dois lados da moeda discutidos na última Assembleia Municipal, a propósito da apresentação do Relatório de Gestão e Contas da empresa de Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG) de 2015. No ano passado, a TUMG obteve resultado líquido positivo de 4.800 euros e fez investimentos de 218.500 euros que incluíram a compra de dois autocarros.
Contudo, sublinhou a oposição, perdeu receitas (menos 10%) e 4200 passageiros (menos 1,12%) face a 2014. À excepção dos horários que coincidem com o início e o fim das aulas, a maioria dos circuitos faz-se com “um ou dois passageiros”, aponta El vira Ferreira, deputada do +Concelho.
Para evitar maiores despesas da câmara com a TUMG, cujo funcionamento depende em 46% de subsídio municipal (mais de 700 mil euros), o melhor será avançar com a adopção de alguns táxis TUMG, sugere a deputada. “Os dois novos autocarros não vão permitir rentabilizar o investimento, porque andam vazios”, salienta Elvira Ferreira, para quem a autarquia, não querendo avançar com táxis TUMG, devia pelo menos ter considerado uma alternativa como a que defendeu Carlos Logrado, vereador do +Concelho: adquirir autocarros eléctricos de nove lugares. A TUMG “evidencia problemas e deficiências recorrentes”, considera também Manuela Miranda (MpM). A deputada nota que a TUMG funciona sobretudo como transporte escolar (corresponde a quase metade da sua actividade), está a perder passageiros e depende do município.
Quer Isabel Freitas (CDU) como Pedro Silva (PSD) sugerem a adaptação dos horários dos autocarros aos horários das empresas da zona industrial. Aníbal Curto Ribeiro (PS) frisa que o principal objectivo da TUMG é social, e não o lucro. Além disso, expõe, avançar com táxis nem é fácil nem é bom um exemplo para uma empresa que tem princípios ecológicos.
A manutenção dos tarifários desde 2009, bem como o preço dos estacionamentos, desde 2011, foram enfatizados pela vice-presidente Cidália Ferreira (PS), que salientou o carácter social da TUMG.
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