Economia
Turismo do Centro apela ao regresso aos Lugares Património Mundial
Resultados do trabalho dos últimos três anos no âmbito da Operação Lugares Património Mundial foi apresentado esta manhã na Batalha
Apelar ao regresso e à visita aos monumentos e lugares classificados como Património Mundial, “após o difícil período que recentemente atravessámos, reforçando os sentimentos de segurança e confiança junto de turistas e visitantes”, é um dos focos do Turismo Centro de Portugal, que esta manhã promoveu com o município da Batalha uma conferência no mosteiro desta vila.
No ano passado, os quatro Lugares Património Mundial na região Centro – Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo (Tomar) e a Universidade de Coimbra/Alta e Sofia – receberam 1,5 milhões de visitantes.
“Uma cifra muito importante” para que se perca o contacto e a comunicação com os turistas, frisou Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) no evento desta manhã.
“Queremos fazer com que estes 1,5 milhões de turistas coloquem o Centro de Portugal nas suas preferências. Estamos muito aptos para os receber”, explicou o responsável, que apresentou alguns dos resultados da Operação Lugares Património Mundial, que decorreu nos últimos três anos, com uma dotação de dois milhões de euros do Programa Operacional do Centro.
O trabalho feito é “um extraordinário exercício para o presente e para o futuro”, pelo que Pedro Machado deixou a garantia de que o consórcio irá trabalhar para que o projecto volte a ser “merecedor de confiança” junto das entidades competentes.
A conferência serviu ainda para apresentar o Guia Lugares Património Mundial, que será lançado amanhã com o jornal Expresso. Em preparação, segundo Pedro Machado, está já um roteiro sobre a “riqueza gastronómica” do Centro.
Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, lembrou que esta tem sido uma “caminhada dura”, mas acredita que os agentes “compreenderam que a relação entre cultura e património traz valor para o turismo e para a economia local”.
“O incremento da notoriedade dos monumentos deve-se muito a esta parceira”, frisou, considerando que faz sentido os municípios envolvidos no consórcio trabalharem em conjunto para aumentar o investimento no turismo.
Levar turistas a circuitos desconhecidos, para aliviar os mais congestionados, é uma das oportunidades que podem ser aproveitadas, defendeu Joaquim Ruivo, director do Mosteiro da Batalha, que lembrou que a economia do turismo ficou “à beira do colapso” devido à pandemia. Agora, há que “preparar com afinco o retorno à viagem”.