Desporto

Um filme dos antigos até Sarraipa chegar à cadeira com que sempre sonhou

30 jun 2016 00:00

E o novo presidente da União de Leiria é… Paulo Sarraipa. Depois de uma semana cheia de acusações, de protestos, de comunicados e conferências de imprensa, o empresário chegou à cadeira com que sonhava há quatro décadas.

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Vamos à história. Com uma Comissão Administrativa a liderar a União de Leiria desde Setembro do ano passado, o presidente da Assembleia Geral, José António Silva, resolveu marcar eleições para o passado sábado.

No entanto, ao contrário do que tinha acontecido nas últimas ocasiões, surgiu desde logo um candidato, o empresário Paulo Sarraipa, que conseguiu formar uma lista de 18 elementos.

No dia do acto eleitoral, contudo, a lista única obteve 22 votos, ao passo que uma peculiaridade dos boletins de voto da União de Leiria, a possibilidade de não se concordar com a única lista apresentada, chegou aos 55 votos.

A Comissão Administrativa garante que os boletins sempre foram assim, mas os elementos da lista consideram-nos irregulares.

Devido à existência de dois protestos, o presidente da Assembleia Geral pediu 72 horas para que o Conselho Fiscal e Disciplinar desse um parecer. Só que Paulo Sarraipa marcou de imediato uma conferência de imprensa, onde disse que os elementos da lista, “trabalhadores e sérios”, foram “achincalhados”.

Disse ainda ter sido “alvo de uma jogada de bastidores” onde incluiu “toda a gente”, pessoas que “não tiveram capacidade física e moral para ter credibilidade para fazer uma lista”.

Garantiu “não ter sede de poder, mas sede de servir a União de Leiria” e pediu que o Ministério Público interviesse no processo e acusou os elementos que faziam parte da Comissão Administrativa de “branqueamento de capitais”.

Estes reagiram, prometendo avançar para os tribunais. “As declarações do senhor Paulo Sarraipa, porque injuriosas e difamatórias, são demasiado graves para poderem passar impunes. É que a obsessão pela presidência, aliada à inexistência de património pessoal penhorável, não pode criar um estatuto de irresponsabilidade, em que vale tudo, em que tudo é admissível.”

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