Desporto

Vale 100 milhões e integra o onze da década mas só ganhou um jogo pela União de Leiria

10 jan 2020 10:48

Jan Oblak disputou 17 partidas pelo emblema do castelo em 2011/12 

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Jan Oblak trabalhou na União de Leiria com Vasco Évora
Ricardo Graça/Arquivo

Este domingo, Diego Simeone, treinador do Atlético de Madrid, não teve pejo em afirmar, com todas as letras, que Jan Oblak é “o melhor guarda-redes do Mundo”.

Há três semanas, foi o jornal espanhol Marca que entregou o troféu Zamora - distingue o guarda-redes menos batido de La Liga – ao guardião e o agente do internacional esloveno, Miha Mlakar, não poupou nos elogios. 

“Para mim, Messi é o melhor jogador do planeta pelo seu talento, e Cristiano Ronaldo é o melhor como profissional. Pois, no mundo dos guarda-redes, Oblak é uma mistura dos dois”, atirou, então.

“O dinheiro e a fama só reforçam as qualidades das pessoas. Se são boas ficam melhores, se são más ficam piores”
Vasco Évora

O site especializado Transfermarkt confirma: é o guarda-redes mais valioso do planeta. Está avaliado em 100 milhões de euros, mais dez do que o brasileiro Alisson Becker e o alemão Ter Stegen. Rui Patrício tem a cotação nos 20 milhões. 

E se José Mourinho e Jorge Jesus deram a táctica perfeita à União de Leiria, este guarda-redes esloveno, foi, provavelmente, o jogador mais relevante que alguma vez alinhou com o símbolo do castelo ao peito, apesar de só ter ganhado uma das 17 partidas que jogou.

Foi na temporada 2011/12, a última em que o emblema do Lis esteve no patamar mais alto do futebol português, tinha o rapaz 18 anos. 

Emprestado pelo Benfica, começou a temporada como suplente de Eduardo Gottardi, mas mostrou qualidades e conquistou a titularidade. Vasco Évora era o responsável pelo treino específico e elogia, acima de tudo, as qualidades humanas do antigo pupilo.

“Continuo a falar regularmente com ele. O dinheiro e a fama só reforçam as qualidades das pessoas. Se são boas ficam melhores e se são más ficam piores”, explica o técnico que esteve até há pouco tempo a treinar na China.

Inclusive, já foi “algumas vezes”, a convite de Jan, assistir a jogos do Atlético de Madrid. “Não digo que ele sinta gratidão, a verdade é que os treinadores dão a cara, mas são os adjuntos que fazem com que algumas decisões sejam tomadas.” Para o bem e para o mal. 

Logo em Outubro, a União de Leiria visitava, para a Taça de Portugal, o Alchochetense. Tendo em conta aquela política de totatividade nas taças, Manuel Cajuda perguntou ao técnico de guarda-redes quem deveria jogar. A escolha recaiu em Oblak. “Apesar de ser um miúdo já era bom, treinava bem e merecia uma oportunidade”, diz. 

A verdade é que a equipa do terceiro escalão eliminou a do primeiro (2-1) e o esloveno “teve culpa nos golos”. Foi o “descrédito”. “Eu nem conseguia olhar para o Cajuda”, recorda V

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