Viver
Volódia. O poeta pintor que desenhava para viver e se inspirava em Pessoa e Rimbaud
Duas exposições na Marinha Grande reúnem 55 obras de Vladimir Aires Rodrigues
“Desenhava muito” e “de forma compulsiva”, ao longo de décadas. “Misturava muitos materiais no mesmo suporte” e “deixou imensa coisa produzida”. Um artista “à procura de um estilo próprio e de uma voz expressiva”, que “precisava do desenho para viver”. Não faltam ideias a Vânia Colaço quando fala de Vladimir Aires Rodrigues, que sempre andou entre a tela e a página de texto. “Não sei se era mais prolífico na escrita se no desenho”, diz ao JORNAL DE LEIRIA a curadora das duas exposições sobre Volódia patentes na Marinha Grande. “Eu defino-o como um pintor poeta”.
“Lia muito” e “tinha muitos livros”, depois doados à Câmara Municipal da Marinha Grande e à Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Gostava de Herberto Helder e de Rimbaud, inspirava-se em Fernando Pessoa. Na pintura, preferia Picasso ou Van Gogh, entre outros. E era um apaixonado por jazz. É o mundo interior de Vladimir Aires Rodrigues – que faleceu aos 47 anos na Marinha Grande, onde se encontrava radicado desde jovem – que agora se revela em dois núcleos, no foyer do Teatro Stephens e no Museu Joaquim Correia, por iniciativa da família, como homenagem póstuma.
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