Opinião

A verdade: doa a quem doer

6 jul 2017 00:00

Estive lá naqueles dias e o facto de conhecer muitos dos que viram a tragédia à porta de casa marcou-me certamente para vida.

No dia 17 de junho a vida das pessoas dos concelhos do norte do distrito de Leiria mudou drasticamente. Foram horas e dias de angústia enquanto a escassez de meios, a descoordenação evidente e as condições climatéricas extremamente adversas contribuíam para que o incêndio destruísse vidas, casas e grande parte da mancha verde que – antes de tudo isto – caracterizava aqueles territórios.

Estive lá naqueles dias e o facto de conhecer muitos dos que viram a tragédia à porta de casa marcou-me certamente para vida.

Mas não perco a noção de que sendo eu deputada tenho não só a obrigação de acompanhar o que se seguirá à tragédia a que assistimos como o dever de levar para a Assembleia da República a voz daqueles que viveram tudo na primeira pessoa.

E não aceito que me acusem de oportunismo político pelo facto de fazer questões e de exigir explicações e respostas. Foram 64 pessoas que perderam a vida naqueles dias e mais de 200 feridos. Foram milhares de hectares, postos de trabalho e património natural que foram dizimados.

*Deputada do PSD

Texto escrito de acordo com a nova grafia

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