Opinião

Bolsonaro, Pinochet e a Escola de Chicago

25 out 2018 00:00

Salvador Allende tinha uma agenda ideológica clara – a implementação do socialismo, mediante a nacionalização de empresas estrangeiras e de terras para a reforma agrária.

Apesar de haver um intervalo de quase 50 anos, há um inquietante paralelismo histórico entre o Chile do general Pinochet e o Brasil do capitão Bolsonaro. Em 1970, o Chile já era o país com maior estabilidade política na América Latina e, nesse ano, Salvador Allende, candidato pela Unidade Popular (comunistas e socialistas), venceu as eleições presidenciais.

Salvador Allende tinha uma agenda ideológica clara – a implementação do socialismo, mediante a nacionalização de empresas estrangeiras e de terras para a reforma agrária, um vasto programa expansionista de redistribuição de rendimentos e de transferências sociais.

O resultado, em termos económicos, foi trágico. Entre 1970 e 73, o défice público do Estado chileno saltou de 2,3% do PIB para 24,7%, o desemprego subiu de 3,8 para 4,8 e a inflação de 20% para 508% ao ano. Foi diante dessa conjuntura que se deu o golpe militar em 1973 e a ascensão do ditador militar Augusto Pinochet.

Assim como Allende, Pinochet também tinha a sua agenda ideológica – o ultraliberalismo económico. Ou seja, a minimiza&

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