Opinião

Capital psicológico

21 jul 2016 00:00

E mais diziam mais estudiosos que se lhe seguiram, que mente saudável não é apenas cuidar do que está danificado, é sobretudo cuidar de algo ou de alguém e fomentar o que temos de melhor.

Os conflitos não são acontecimentos dos nossos dias, a história assim no-los relata. Com maior preponderância a partir da Revolução Industrial iniciada em Inglaterra em 1760, que trouxe consigo novas fontes de energia, a divisão e especialização do trabalho, a aplicação da ciência à indústria, o capitalismo como sistema dominante. Mas também trouxe dissonâncias, o que levou a que filósofos deixassem marcos indeléveis na história por via de dissertações e outros meios de expressão sobre desigualdades sociais. Assim, por volta de 1902, segundo abordagens levadas a termo por William James, filósofo e psicólogo americano, surge um “novo” paradigma, porventura mesmo uma nova mudança de perspectiva (do negativo para positivo) e enfatizava “a determinação da mente em ser saudável”.

Daí em diante surge, pois, a Psicologia positiva que passa a estudar o funcionamento positivo da personalidade, do bem-estar subjectivo, da resiliência. E mais diziam mais estudiosos que se lhe seguiram, que mente saudável não é apenas cuidar do que está danificado, é sobretudo cuidar de algo ou de alguém e fomentar o que temos de melhor. Hoje sabe-se que mentes saudáveis há algum tempo hão-de se traduzir num capital económico.

Ainda por via das revoluções, o despotismo francês provocou razão social em ordem a contrariar o status quo da monarquia, ficando para a história relatos da época, tais como: “ao amanhecer do dia 14 de Julho de 1789, no Palácio de Versalhes, quando os criados da imensa corte, entre os quais se encontra Sidonie Laborde, serviçal muito particular de Maria Antonieta, rapariga ilustrada nas coisas das letras e, portanto, destacada para leitora da rainha. Sidonie não sabe – tal como a maior parte dos que aí habitam – que Paris está em tumulto e que nesse dia vai ocorrer um evento que mudará a História: o povo em cólera vai tomar a velha fortaleza da Bastilha (Ramos, J., 2012, p. 20).

*Mestre em Gestão

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