Opinião
Cinema e TV | 1899, um The Terror que muda drasticamente para Total Recall com passageiros do Alien
1899 e Dark poderão ter finais semelhantes, isto é, ilustrar algo sobre o universo
Com 1899, Baran bo Odar e Jantje Friese voltam a pensar nos fãs de Dark, mas também nos de sci-fi. Não é uma série para relaxar, mas sim para refletir. É complexa e por isso vou mencionar só alguns pontos. No início há uma breve apresentação de todas as personagens, estilo este que já vimos em Dark, onde são bem exploradas com os seus passados. Esta é das partes mais interessantes do desenvolvimento: cada um tem uma língua e cultura diferentes.
Toda a sua narrativa inicial dá-nos a impressão de que se vai passar tudo no barco Kerberos, que recebe uma mensagem de SOS de outro barco chamado Prometheus. O segundo ato dá a noção que o barco é só uma peça no puzzle e, no terceiro ato, passa de uma peça no puzzle para uma migalha no universo. O final é uma das coisas mais arriscadas que vi para uma primeira temporada. Embora tenha adorado o final, vai ser um desafio bem interessante dar continuidade - espero que corra bem.
O grande momento para mim acaba por ser com o irmão da personagem principal Maura Franklin. Foi sempre mencionado e apontado em algumas ocasiões, mas nunca foi muito realçado. Nesse momento ela acorda da hibernação para comunicar com o irmão. Sinto que o irmão pode não ser humano. Na minha teoria, poderá ser a própria nave mãe, estilo 2001: A Space Odyssey.
Apesar de ter gostado da série, sinto o momento que referi anteriormente um pouco arriscado, mas a imaginação destes escritores já provou em Dark que no início pode ter muitas críticas e mais tarde surpreender. Apesar de tudo, sinto que 1899 e Dark poderão ter finais semelhantes, isto é, ilustrar algo sobre o universo. Estarei a acompanhar com muita atenção.