Opinião

Cinismo organizacional

16 jun 2016 00:00

A introdução do euro consubstancia uma última etapa de um longo trajeto trilhado por vários países membros, tendo por fim último a plena integração na UEM.

A União Europeia (UE), organização supranacional constituída em parceria económica e política com características únicas, é composta por 28 países-membros, tendo por objetivo a promoção de um progresso económico e social equilibrado e sustentável, nomeadamente mediante a criação de um espaço sem fronteiras; o reforço da coesão económica e social e o estabelecimento de uma União Económica e Monetária (UEM), que incluirá, a prazo, a adoção de uma moeda única, de acordo com as disposições do presente tratado. A introdução do euro consubstancia uma última etapa de um longo trajeto trilhado por vários países membros, tendo por fim último a plena integração na UEM. O objetivo de base no uso de uma moeda única tem por premissa trazer vantagens como a redução dos custos dos agentes económicos que pedem dinheiro emprestado ou até de custos associados às conversões cambiais, bem como outros elementos que, em conjunto, potenciariam o crescimento económico. Porém, a vox populi manifesta-se e nega que tal premissa esteja na base do progresso económico e social equilibrado. E apoiam o seu agravo nos elevados índices de desemprego existentes em países como França, Espanha, Portugal ou Grécia. Em consequência, a curto prazo, a UE terá de promover uma mudança de paradigma de modo a controverter o axioma: a União Europa está em crise? Em ordem a suster a crise, apontam caminhos para uma estratégia ancorada em desafios e objetivos exequíveis num limite temporal de uma década. E nessa linha de ação, num mundo em mutação, pretende-se que a UE se torne uma economia “inteligente, sustentável e inclusiva”. Estes três pilares reforçam-se mutuamente de modo a ajudar a UE e os Estados-Membros a atingir níveis mais elevados de emprego, de produtividade e de coesão social. Portanto, em busca de produtividade e competitividade por parte das organizações, com vista à sua sustentabilidade, tentam promover mudanças dentro das mesmas que, aos olhos dos trabalhadores, muita vezes não são vistas de uma forma positiva, levando a sentimentos e comportamentos ajustados à forma como percepcionam as medidas adoptadas pela
organização.

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*Mestre em Gestão
Texto escrito de acordo com a nova ortografia