Opinião

Concorrência desleal!

6 dez 2018 00:00

“Carlos, temos aqui um problema grave”.

A primeira vez que fui a um oftalmologista foi em 2002. À beira dos 32 anos e com recorrentes dores de cabeça devido a horas e horas passadas num velho PC a consultar bancos de dados com discos editados por esse mundo fora, resolvi procurar ajuda.

O propósito era, claro, o de pôr fim a esse inusitado sofrimento que me vinha fustigando dia após dia. Uns óculos “para ver televisão” seriam, por certo, a solução. Pelo menos era assim que eu pensava... 

No dia da consulta sentia-me descontraído e longe de pensar no susto e na surpresa que viria a ter. Chegada a minha vez entrei no consultório. Letra a letra, da maior para a mais pequena, disse-as todas. Primeiro com o olho direito tapado, depois com o esquerdo.

A velocidade e a assertividade das minhas respostas não dependeram sequer da distância a que as proferi.

De perto ou ao longe a eficiência foi exactamente a mesma. Por isso fiquei perplexo quando ouvi o doutor dizer-me, com apreensão e semblante carregado, o seguinte: “Carlos, temos aqui um problema grave”. Foi com uma súbita e amedrontada voz trémula que lhe perguntei “então doutor?” - ao qual me respondeu: “vou ter de lhe arrancar um olho!”.

Naquele instante, t&eac

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