Opinião
Educação
Nos mais diversos estudos que têm sido realizados é clara a degradação da aprendizagem dos alunos
Uma das áreas mais penalizadas ao longo dos últimos anos pelas opções políticas que foram tomadas em Portugal foi a Educação. Decisões que avançaram sem evidência científica, a pressão burocrática sob os professores, a desvalorização das reivindicações mais do que justas dos vários profissionais do sector: são incontáveis as razões que explicam como é que chegámos até aqui.
Nos mais diversos estudos que têm sido realizados é clara a degradação da aprendizagem dos alunos. São, curiosamente, os alunos de contextos mais desfavorecidos que acabam por ser mais penalizados. De facto, a instabilidade que se vive nas escolas, com a grave circunstância de haver milhares de alunos que iniciaram o ano lectivo sem professores, faz com que a igualdade de oportunidades que deveria ser garantida pela escola pública esteja fortemente comprometida.
A Aliança Democrática apresentou o seu programa eleitoral com metas para a próxima legislatura na Educação. A primeira é a de recolocar os alunos portugueses com níveis de desempenho acima da média da OCDE nas avaliações do PISA 2028. A segunda é a de reconhecer a importância dos professores, recuperando integralmente o tempo de serviço congelado, de forma faseada nos próximos cinco anos (à razão de 20% ao ano), e atrair novos professores para, até 2028, superar estruturalmente a escassez de professores.
A terceira é a aposta nos mais novos: universalizar o acesso ao pré-escolar a partir dos três anos. E a quarta passa por elevar a exigência sem deixar alunos para trás: aplicar, a partir do ano lectivo 2024-2025, provas de aferição no 4º. e no 6. anos de escolaridade, publicando os resultados e apoiando os alunos em risco de insucesso escolar.
Sendo este um sector essencial para o futuro do País, caberá agora aos eleitores comparar as várias propostas dos partidos. Deverá estar presente nesta comparação a noção clara de quem nos trouxe os resultados desastrosos dos últimos anos. Com os mesmos protagonistas e as mesmas políticas não é expectável que os resultados sejam diferentes.