Opinião
Não há alternativa!
No entanto, houve uma certeza com que fiquei: há sempre vários caminhos.
Sempre me irritou o argumento do caminho único. Será, certamente, um traço de personalidade que me levou a ser acusado frequentemente de ser do contra – e que me levou a abraçar entusiasticamente esse epíteto.
Provavelmente a primeira confrontação com o argumento do caminho único foi em tenra idade com a questão religiosa. Pertencer porque “tinha que ser ” ... E quando perguntava “mas porquê” a resposta era porque aquela era a única alternativa.
Mas nesse processo quase obstinado de questionar, percebi que há sempre alternativa. A tudo.
Em alguns casos, há escolha entre várias boas alternativas, noutros entre uma melhor e outras menos boas, noutros ainda entre uma péssima e várias horríveis. E, naturalmente, a avaliação que cada um faz é francamente subjetiva.
No entanto, houve uma certeza com que fiquei: há sempre vários caminhos. Este argumento vem sendo repetido também a propósito de questões ambientais, com posições extremistas de ambos os lados.
De um lado, os ambientalistas radicais que defendem um regresso à idade do bronze como forma de salvar o planeta: nada de carne, de carros, de palhinhas, só depende de nós – não há alternativa, é isto ou o fim do mundo.
No extremo oposto, os negacionistas (por ignorância ou por interesse) das questões ambientais: eu quero continuar a andar de carro, o nosso carvão até é limpo, as nossas vacas não largam metano – não há alternativa ao sistema
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