Opinião

Por vezes preciso de acreditar na inexistência do tempo

3 jan 2019 00:00

Gosto que os conceitos de velho ou de novo, de época antiga, ou de época moderna, deixem de fazer sentido.

Sou eu que passo pelo tempo ou é o tempo que passa por mim?

Na tentativa de encontrar uma resposta satisfatória para esta pergunta concluí que, afinal, ela é um disparate pois o tempo é uma ilusão, só existe se eu quiser (para a minha gata Sissi o tempo não existe e, no entanto, ela vive)!

Uma parvoíce?  Será, mas por vezes eu preciso de acreditar nesta inexistência do tempo. Gosto que os conceitos de velho ou de novo, de época antiga, ou de época moderna, deixem de fazer sentido. 

De facto, seja no passado, no presente ou no futuro, só é real o bem ou o mal que as pessoas praticam, o tempo dessas ações não passa de perceções enganosas, de sensações subjetivas, em suma, esse tempo não passa de uma ilusão.

Digamos que se atribuir duas cores, o branco e o preto, respetivamente, ao bem e ao mal, deixa de haver uma zona cinzenta na avaliação do que é ser um bom, ou ser um mau ser humano, uma vez que, deixam de ser levadas em conta as motivações ou atenuantes ligadas aos condicionalismos do tempo/momento vivido por cada indivíduo e que, em determinada época, altura, ou tempo das suas vidas, se apresentam sempre como justificação para um seu bom, ou um seu mau comportamento.

Ora, senti-me a precisar de fazer esta reflecção porque comecei a perceber que, por vezes, a minha formação cristã, me conduz a tudo perdoar e me impede de analisar com a lucidez necessária os comportamentos daqueles que, apenas pensando nos interesses egoístas dos seus tempos, causam danos irreversíveis na vida dos outros.

Tento, desta forma, atribuir ao bem e ao mal um valor absoluto e mais puro, completamente liberto de condicionalismos ilusórios, porque temporais.

Desta forma, é assim que,

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