Porquê o associativismo?

 Pensei: “Eu que já tenho tanto em mãos, que não tinha planeado nada disto, como é que vim aqui parar? Em que é que me estou a meter?” Realmente, nunca tinha pensado na vida associativa como um assunto concreto, foi algo que simplesmente sucedeu, de forma orgânica e gradual, desde que comecei a fazer a minha vida na cidade de Leiria e consequentemente a tomar parte em algumas iniciativas que me interessavam.

No meu caso especificamente, foi no clube de Boardgamers de Leiria que comecei a participar, sugerir e envolver-me na organização de actividades de cariz social, naquilo que gradualmente evoluiu até ao crescente repertório de trabalhos a que o clube hoje se entrega.

Mas há outros projectos com muito valor na ***Asteriscos. E há outras associações com muito valor sediadas ou representadas em Leiria. Sem conhecer a cidade a fundo, ainda assim consigo nomear o CNE e a AEP, a Refood, a InPulsar, a Ludotempo, a SAMP, a AMITEI, etc. (se não reconhecer as siglas, vale a pena uma busca no Google)…

E porque é que me lembrei de vir para aqui nomear estas associações todas?

Porque encontrar a vida associativa, através do clube de Boardgamers de Leiria, foi para mim um acidente, um feliz acaso que podia muito bem nunca ter acontecido. Da mesma forma, acredito que há muito quem também desconheça estas oportunidades.

Ora, neste mundo moderno em que tanta gente vive infeliz e se sente isolada, em que a desumanização profissional faz as pessoas sentir-se desvalorizadas, em que pode ser tão difícil encontrar um lugar na sociedade onde nos sintamos realmente integrados, achei-me no dever de partilhar esta minha experiência e encorajar todos os que se revêem no início deste parágrafo a indagar sobre a vida associativa: porque não há maior alegria do que entregar-nos ao próximo e criar valor, enquanto fazemos aquilo de que mais gostamos.

*Líder de Projecto - Paradoxo