Desporto
André Lopes: o convite das arábias que o roubou a Leiria e à selecção
Treinador de ténis coordena escalões jovens da federação do Qatar
Em Outubro, a vida profissional de André Lopes deu uma volta completa. O treinador de ténis recebeu um contacto da federação do Qatar a solicitar ajuda. Lá no Médio Oriente precisavam que orientasse a equipa nacional de sub-16 num campeonato do Golfo Pérsico que se realizou em Novembro.
As coisas correram bem e daí surgiu uma proposta de colaboração a tempo inteiro como coordenador das equipas nacionais de sub-16 e sub-18. Não havia como recusar, mas o técnico de Leiria viu-se obrigado a “uma das decisões mais difíceis” que teve de tomar. E lá deixou o cargo de seleccionador nacional feminino de Portugal na Fed Cup que ocupava há dois anos.
Naquela competição, o Qatar acabou por ganhar a medalha de prata. A proposta para trabalhar a tempo inteiro no emirado acabou por surgir naturalmente. “Já tinham algumas referências, lançaram-me o desafio e aceitei. O acordo é anual e vamos vendo aos poucos como tudo se desenrola”, disse André Lopes, que vai notando algumas diferenças com Portugal aos nível das mentalidades, numa nação onde a competição interna é “muito reduzida”.
“Estamos num país onde muita gente não tem de lutar por conquistar o que quer que seja, pelo que manter os atletas motivados e orientados para darem o melhor a cada dia é um desafio constante”, explicou o treinador.
Com uma realidade “muito diferente” de tudo a que estava habituado, esta experiência tem sido “um grande desafio”. “Estou a gostar muito”, salienta o antigo treinador de Rui Machado, atleta que chegou a n.º 59 do ranking ATP quando treinava sob as indicações do treinador de 37 anos.
Aproveita as “excelentes” condições de treino e de trabalho, ao mesmo tempo que sente a evolução dos atletas “a cada semana que passa”. Para trás fica a experiência na selecção nacional da Fed Cup, a versão feminina da Taça Davis.
“De início pensei que seria possível conciliar. Foi uma das decisões mais difíceis que já tomei, pois era algo que fazia com muita paixão e orgulho. Não foi possível e a decisão teve de ser tomada.”
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