Viver

Artur Granja, um homem de terreno que não se fecha em gabinetes

26 nov 2017 00:00

O ex-delegado municipal recorda décadas de serviço nos Bombeiros e na Protecção Civil

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Daniela Franco Sousa

Identifica-se como um homem do terreno, avesso à clausura em gabinetes. Falamos de Artur Granja, um dos principais rostos dos Bombeiros e da Protecção Civil no concelho da Marinha Grande.

Artur Granja nasceu na Marinha Grande a 10 de Julho de 1954, nas Figueiras. Deste segundo casamento dos pais nasceu Artur e mais dois irmãos. Além destas crianças, existiam mais três, fruto de um relacionamento anterior do pai, e mais uma filha, nascida do primeiro relacionamento da mãe. Eram muitos os miúdos e poucos os rendimentos.

A mãe era empalhadeira na fábrica de vidro Ricardo Gallo e o pai era caseiro dos donos da empresa, explica Artur Granja. Assim sendo, e apesar de ter sido uma tristeza para o seu professor Lourenço, Artur não teve alternativa senão começar a trabalhar mal completou 11 anos.

“Levava a cima na Crisal”, recorda o ex-operário, que só atingiu a idade mínima para fazer descontos no ano seguinte. “Tenho muito orgulho na família onde nasci. Vivemos muitas dificuldades, em crianças, mas todos seguimos os conselhos e os ensinamentos dos nossos pais. Aprendemos a respeitar, sem olhar a cores e a religiões, que a nossa palavra deve ser cumprida mesmo que isso represente derrotas e perdas”, frisa Artur Granja.

Trabalhou na Crisal 25 anos, tempo suficiente para mostrar a sua competência. Começou na produção, onde teve um acidente de trabalho, mudou-se para a lapidação, e foi com apenas 18 anos que passou a encarregado do então novo departamento de produção automática da Crisal. Foi o encarregado de armazém mais jovem da empresa.

Foi durante os anos de trabalho na Crisal, a laborar por turnos, que completou o 9.º ano. Foi nesta fase também, enquanto trabalhava na Crisal, que, com cerca de 20 anos, Artur Granja casou e teve dois filhos.

Deixou a fábrica de vidro para abraçar um novo projecto. Uma fabricante de brinquedos brasileira pretendia fazer parceria com uma fabricante de moldes, na Marinh

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