Viver
Artur Granja, um homem de terreno que não se fecha em gabinetes
O ex-delegado municipal recorda décadas de serviço nos Bombeiros e na Protecção Civil
Identifica-se como um homem do terreno, avesso à clausura em gabinetes. Falamos de Artur Granja, um dos principais rostos dos Bombeiros e da Protecção Civil no concelho da Marinha Grande.
Artur Granja nasceu na Marinha Grande a 10 de Julho de 1954, nas Figueiras. Deste segundo casamento dos pais nasceu Artur e mais dois irmãos. Além destas crianças, existiam mais três, fruto de um relacionamento anterior do pai, e mais uma filha, nascida do primeiro relacionamento da mãe. Eram muitos os miúdos e poucos os rendimentos.
A mãe era empalhadeira na fábrica de vidro Ricardo Gallo e o pai era caseiro dos donos da empresa, explica Artur Granja. Assim sendo, e apesar de ter sido uma tristeza para o seu professor Lourenço, Artur não teve alternativa senão começar a trabalhar mal completou 11 anos.
“Levava a cima na Crisal”, recorda o ex-operário, que só atingiu a idade mínima para fazer descontos no ano seguinte. “Tenho muito orgulho na família onde nasci. Vivemos muitas dificuldades, em crianças, mas todos seguimos os conselhos e os ensinamentos dos nossos pais. Aprendemos a respeitar, sem olhar a cores e a religiões, que a nossa palavra deve ser cumprida mesmo que isso represente derrotas e perdas”, frisa Artur Granja.
Trabalhou na Crisal 25 anos, tempo suficiente para mostrar a sua competência. Começou na produção, onde teve um acidente de trabalho, mudou-se para a lapidação, e foi com apenas 18 anos que passou a encarregado do então novo departamento de produção automática da Crisal. Foi o encarregado de armazém mais jovem da empresa.
Foi durante os anos de trabalho na Crisal, a laborar por turnos, que completou o 9.º ano. Foi nesta fase também, enquanto trabalhava na Crisal, que, com cerca de 20 anos, Artur Granja casou e teve dois filhos.
Deixou a fábrica de vidro para abraçar um novo projecto. Uma fabricante de brinquedos brasileira pretendia fazer parceria com uma fabricante de moldes, na Marinh
Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?
Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.