Sociedade
“As redes sociais aumentam a liberdade de expressão”
António Granado, jornalista e professor universitário
Em comparação com outros países, usamos muito ou pouco as redes sociais em Portugal?
O Facebook é muito mais utilizado do que o Twitter, em Portugal e noutros países também. Mas quando fazemos comparações com as mega manifestações no Brasil, ou algo do género, não tem nada a ver. Nesse sentido, as redes são utilizadas, mas ainda por um número restrito de pessoas em Portugal.
Não quero chamar-lhes elite, mas há muitos jornalistas no Twitter, políticos, pessoas com alguma influência. Mas a maioria da população utiliza o Facebook.
Em Portugal, há grandes diferenças no perfil dos utilizadores do Twitter e do Facebook. Porquê?
O Facebook dá-nos informações sobre as pessoas que estão mais próximas de nós, recebemos mais notícias das pessoas com quem interagimos mais. O Twitter é uma ferramenta que os jornalistas gostam muito de utilizar do ponto de vista mais profissional, porque a maioria das contas não são contas privadas, ao contrário do que acontece no Facebook.
Em que mundo viveríamos sem Facebook e Twitter?
Muito do que acontece nas redes sociais é o reflexo do que acontece na sociedade. As redes sociais são um sítio onde muito rapidamente nos informamos. É mais provável encontrarmos notícias que nos digam respeito ou interessem do que num órgão de comunicação social.
E os órgãos de comunicação social também já não vivem sem o Facebook, sem partilhar. Quarenta a cinquenta por cento do tráfego que chega aos órgãos de comunicação social portugueses é tráfego que chega do Facebook. É uma espécie de montra do que se vai processando em todo o lado.
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