Viver
Beira Rio. Festival junta 800 alunos e estreia um musical sobre os oceanos
Orfeão de Leiria dinamiza maratona de dois dias com música e dança e mais de 50 apresentações ao vivo
Alunos e professores do Orfeão de Leiria criaram um musical dedicado à protecção dos oceanos que vai a palco, em estreia, no próximo fim-de-semana, integrado no programa do Festival Beira Rio.
A partir do livro Será o Mar o Meu Lugar?, de Sarah Roberts, sugerido pela Águas do Centro Litoral (AdCL), foi preparado, ao longo do ano lectivo, um espectáculo didáctico com música, letra e coreografia inéditas – do compositor Mário Nascimento, da letrista Maria Helena Vieira e do coreógrafo Luís Sousa.
O musical é apresentado no sábado, 3 de Junho, no Teatro José Lúcio da Silva, pela Camerata, Coro Infantil e Núcleo Coreográfico do Orfeão de Leiria, dirigidos por Mário Teixeira (música) e Luís Sousa (dança), com narração de Nádia Gomes.
Além do musical, a parceria entre a Águas do Centro Litoral e o Orfeão de Leiria prevê, nos próximos meses, concertos em estações de tratamento de águas residuais, e, já no domingo, 4 de Junho, uma caminhada de observação de plantas, aves, insectos e outras espécies, junto ao rio Lis, no percurso Polis, que começa no Jardim de Santo Agostinho e termina na ETAR das Olhalvas, com possibilidade de visita à infraestrutura.
No festival Beira Rio, uma maratona de dois dias com música e dança, o Orfeão de Leiria conta com aproximadamente 800 alunos, em mais de 50 apresentações ao vivo.
Dos três anos à idade sénior, participam elementos de todos os departamentos do Orfeão de Leiria, num programa que, nos dias 3 e 4 de Junho, ocupa a Igreja de Santo Agostinho, o Moinho de Papel e a Sala do Capítulo do Museu de Leiria.
Devido à possibilidade de chuva, o espectáculo Bandas Sonoras, com a Orquestra Sinfónica de Leiria, no sábado, foi transferido para o Teatro José Lúcio da Silva, e algumas actividades agendadas para o Jardim de Santo Agostinho no domingo de manhã passam a realizar-se nas instalações do Orfeão de Leiria.
O espectáculo de dança Polluere realiza-se no sábado, durante a tarde, no Teatro José Lúcio da Silva, e é uma das muitas propostas de um cartaz caracterizado pela diversidade que vai do jazz às músicas do mundo e à música antiga, entre muitos outros géneros.
Na terça-feira, 30 de Maio, foi dado a conhecer o protocolo entre a Águas do Centro Litoral e o Orfeão de Leiria, que, segundo, Alexandre Tavares, presidente do conselho de administração da Águas do Centro Litoral, visa, entre outros objectivos, partilhar os valores da preservação do ambiente através das artes e do ensino.
“É importante nesta parceria afirmar aquilo que é a missão e a qualidade de serviços que a AdCL presta e associarmo-nos ao Orfeão é uma chancela óptima”, disse.
Durante a conferência de imprensa de terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, elogiou o trabalho de equipa entre as duas instituições, sublinhando a sensibilidade da AdCL para a cultura e a capacidade do Orfeão de Leiria para formar com uma lógica de cidadania.
“Faz também aquilo que é uma formação do ser humano, do indivíduo, que o torna bastante rico, torna o aluno, a pessoa, bastante mais valiosa para a sociedade”, destacou.
Para Vítor Lourenço, presidente do Orfeão de Leiria, a colaboração com a AdCL é “um casamento feliz”, que se enquadra nos princípios que orientam a instituição. “Faz parte do projecto educativo do Orfeão de Leiria trabalhar a sustentabilidade, em todos os domínios”, comentou.
Nesta edição do festival Beira Rio, o Orfeão de Leiria mantém o objectivo de mostrar “que tem uma nova vida” e “quer ser uma escola aberta”, realçou o presidente da direcção pedagógica, Mário Teixeira. E, por outro lado, “levar a dimensão do espectáculo e da sala de aula para outros espaços”.