Sociedade
Câmara prepara revolução no trânsito de Leiria
Está aprovado o estudo prévio para a zona envolvente da câmara, que dará lugar a uma praça pedonal, com estacionamento subterrâneo. Esta é a uma das medidas do plano que prevê alterações significativas na cidade
A transformação do Largo da República, em frente à Câmara de Leiria, numa zona pedonal, com estacionamento subterrâneo e a circulação automóvel a fazer-se encostada à Villa Portela.
Esta é uma das propostas do estudo prévio de requalificação daquela zona e áreas envolventes, aprovado, na terça-feira, em reunião de executivo, com o voto contra dos vereadores do PSD e o presidente da Câmara a frisar que se trata de “uma base de trabalho” e que, como tal, ainda “pode sofrer alterações”.
O grande objectivo das propostas é evitar o atravessamento desta zona da cidade de forma a reduzir as emissões de dióxido de carbono. O estudo agora aprovado prevê ainda a substituição dos semáforos existentes junto à câmara por um ilhéu separador de tráfego, a construção de uma rotunda em frente à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais e a criação de uma plataforma oval no espaço usado actualmente como estacionamento na zona de Porto Moniz, que funcionará como rotunda.
Esta última é uma das alterações mais criticadas pelo PSD, como Margarida Castelão a alertar para o facto de a solução concentrar num único ponto os constrangimentos actuais existentes na Rotunda D. Dinis, uma vez que passará a receber o tráfego vindo da Avenida da Comunidade Europeia e da Rua Dr. João Soares.
A vereadora do PSD alertou ainda para a eventual redução de fluidez na rotunda D. Dinis, que perderá uma faixa de rodagem para permitir a criação de uma via lateral de acesso a um loteamento previsto junto ao antigo IC2 e sobre o qual “há direitos adquiridos”, conforme advertiu a técnica da câmara que esteve na reunião de executivo a prestar esclarecimentos sobre o estudo.
Mas, são as alterações previstas para o Largo da República que mais reservas levantam aos vereadores do PSD, que criticam o facto de apenas se permitir a circulação num sentido naquela zona (ver infografia). “A solução resolve os problema da Rua dos Mártires e da ligação à variante dos Capuchos, mas vai criar constrangimentos a Sul e a Poente”, alertou Margarida Castelão.
A título de exemplo referiu o percurso que terá de fazer quem mora na Marquês de Pombal e queira ir para a Escola Domingos Sequeira: “terá de ir pela Rua General Norton de Matos [Centro de Saúde Gorjão Henriques], entrar na Avenida da Comunidades Europeia e depois seguir pelo antigo IC2”.
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