Sociedade
Centro de Deficientes Profundos em Fátima ganha jardim sensorial
Obras custeadas por benemérito, que doou também verba para a construção de uma piscina terapêutica.
Melhorar a qualidade de vida dos utentes é o principal objectivo do jardim sensorial que está a ser construído no exterior do Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima.
A obra, que deverá ficar concluída no Verão, será custeada por um benemérito que deixou em testamento verba destinada a esse objectivo específico, explica Joaquim Guardado, administrador da instituição, que, “por motivos de confidencialidade”, não revela o valor.
O mesmo benemérito fez também um donativo que vai permitir a concretização de um outro sonho antigo do centro: a construção de uma piscina terapêutica, que avançará também este ano.
“São investimentos que vão melhorar, em muito, a vida destes utentes e que, por si só, a instituição não conseguia concretizar. Por isso, foram sendo adiados”, nota Joaquim Guardado.
O jardim sensorial terá, entre outras funcionalidades, canteiros altos com encaixe para cadeira de rodas, onde os utentes poderão desenvolver hortas, baloiços adaptados, um espelho de água, jogos e equipamentos para estimular a musicalidade.
Instituição acolhe 192 utentes
Criado em 1989, o centro acolhe 192 utentes, entre os três e os 65 anos, com multi-deficiência, e dispõe de uma equipa técnica com cerca de 210 pessoas. É uma valência da União das Misericórdias Portuguesas. Além do lar residencial, a instituição tem também um centro de actividades ocupacionais, de um serviço de reabilitação, cujo trabalho incide sobre aspectos como a funcionalidade, a autonomia, a participação, as capacidades e o desempenho dos residentes. No centro funciona ainda a Escola de Educação Especial Os Moinhos, que recebe utentes cujas necessidades não encontram resposta nos estabelecimentos de ensino formal.