Covid-19
Centro Hospitalar de Leiria nega falhas de material denunciadas pela Ordem dos Médicos
Administração assegura que, desde o início da pandemia, "nunca" se verificou "qualquer carência ou ruptura de stock de qualquer tipo de equipamento de protecção individual".
A administração do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) assegura que, “desde o início da pandemia, nunca houve qualquer registo de falta de equipamento essencial, nem se verificou qualquer carência ou ruptura de stock de qualquer tipo de EPI [Equipamento de Protecção Individual], quer para profissionais, quer para utentes”.
Os responsáveis do CHL negam, assim, as denúncias feitas por estudo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), segundo o qual 88% dos 1.003 médicos inquiridos, que trabalham em hospitais e centros de saúde da região, reportaram falta de “pelo menos um tipo de material essencial para o combate à Covid-19”.
No caso do CHL, 43% dos inquiridos apontaram falhas de fatos de protecção integral e 12% insuficiência de máscaras cirúrgicas.
Alegando desconhecer o inquérito e “as condições em que foi realizado ou a sua fiabilidade”, os responsáveis do CHL garantem que “atempadamente” foram tomadas “todas as medidas necessárias para reunir o stock necessário deste tipo de produtos”, afirmando-se, por isso, “tranquilos quanto à sua disponibilidade” dentro da instituição. De tal forma que, acrescentam, a instituição emprestou algum deste material a outras unidades de saúde públicas.
O Conselho de Administração adianta ainda que, até esta quarta-feira, não havia registo de “qualquer profissional do CHL infectado por Covid-19 em contexto hospitalar”.
"Posto isto, desconhecemos a forma como poderão ter sido tiradas tais conclusões", rematam os representantes do CHL, na reação ao estudo da SRCOM.