Desporto

Clubes de futsal do distrito recusam subir de divisão devido aos custos

30 ago 2017 00:00

Número de representantes do distrito nos nacionais desce de sete para cinco.

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Maria Anabela Silva

Nenhum dos clubes que na época transacta disputaram a Divisão de Honra distrital de futsal (masculinos) aceitou jogar no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Na origem dessa recusa está, na maioria das situações, o custo associado à subida de escalão, que, em muitos casos, implicaria que os clubes duplicassem ou triplicassem os orçamentos.

O Concha Azul, clube de São Martinho do Porto que se sagrou campeão distrital na época transacta, foi ainda mais longe e suspendeu a actividade desportiva, o mesmo acontecendo com a Associação Desportiva e Recreativa da Mata, que na última temporada jogou na 2.ª Divisão nacional (ver caixa).

Assim sendo, e com a descida do Núcleo Sportinguista de Pombal, o número de representantes do distrito nos nacionais desce de sete para cinco: Amarense, Olho Marinho, Mendiga e Casal Velho, na 2.ª Divisão, e Burinhosa, na 1.ª Divisão.

“Os custos [da 2.ª Divisão nacional] são incomportáveis, com as taxas de jogo e multas por tudo e por nada”, diz António Moreno, presidente da comissão administrativa do Concha Azul que nos últimos meses tem estado à frente do clube.

O dirigente alega ainda que, face “ao vazio directivo, não havia condições” para o clube assumir o lugar que lhe cabia por direito na 2.ª Divisão nacional devido aos custos que tal implicaria.

Foi também por razões financeiras que o Arnal, segundo classificado da Divisão de Honra distrital, declinou o convite para preencher o lugar deixado vago no escalão superior pela desistência do Concha Azul. Luís Rodrigues, presidente da Direcção da Associação Cultural Recreativa do Arnal, assume que os custos foram “a única razão” para o clube recusar a subida.

“Temos um orçamento de 20 mil euros por ano. Para estarmos nos nacionais precisaríamos de 50 mil”, revela o dirigente, frisando que a subida de divisão implicaria um aumento “abismal” de custos.

A título de exemplo, refere que na Divisão de Honra “não há gastos com policiamento, enquanto nos nacionais isso é obrigatário”. Também nas taxas de jogo e nas inscrições de jogadores “as diferenças são enormes”.

De acordo com o regulamento do campeonato nacional da 2.ª Divisão de futsal (masculinos), por cada jogo em casa, os clubes têm de pagar à Federação Portuguesa de Futebol uma quota de arbitragem (ou taxa de jogo) de 250 euros.

Na Divisão de Honra distrital o valor cobrado pela Associação de Futebol de Leiria (AFL) é de 95 euros. Nesta época, o custo de inscrição de jogadores amadores na 2.ª Divisão nacional varia entre 23,75 e os 47,50 euros (quer se trate de um jogador formado ou não localmente), enquanto nos campeonatos distritais esses valores são de 15 e

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