Viver

Concertos para bebés ao ritmo da música electrónica

2 nov 2015 00:00

Não, não é Jean-Michel Jarre, Daft Punk, M83 e, muito menos, David Guetta. Esta é electrónica com a alma e essência da música de Leiria

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Jacinto Silva Duro

Os Concertos para Bebés vão juntar uma nova dimensão à sua estética musical, com uma abordagem à musica electrónica. A estreia destes novos Concertos para Bebés acontece já este domingo, dia 8, às 10:30 horas, no Teatro Miguel Franco, em Leiria.

Dias depois, a 15 de Novembro, os concertos para os mais novos da Musicalmente, companhia artística de Leiria liderada por Paulo Lameiro, levam o espectáculo ao Festival El Més Petit de Tots, em Barcelona, e regressam a Portugal com uma actuação no Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra, no dia 22.

Nelson Brites, um dos mais conceituados e conhecidos músicos portugueses de vertente electrónica – lá fora – compôs e executou a música para estes concertos. Embora não seja muito conhecido em Portugal e em Leiria, de onde natural, Brites é, desde a década de 90, um dos grandes nomes do mundo da música electrónica alternativa.

Um verdadeiro Big in Japan, editou vários trabalhos com as editoras Thisco, Enough Records e Test Tube e é, acima de tudo reconhecido pelo seu projecto Mikroben Krieg, um dos mais interessantes de música electrónica de pendor industrial.

“Este foi um trabalho que me deu muito prazer concluir e estou muito curioso em ver o resultado junto dos mais pequenos”, explica o músico que é psicólogo de formação. O primeiro teste aos concertos electrónicos para bebés foi feito em Março, em Pontevedra, cidade galega onde Paulo Lameiro ensaiou esta nova vertente dos seus espectáculos para bebés.

“Nos Concertos para Bebés, ao longo de todo o ano, os bebés ouvem os principais instrumentos musicais da nossa cultura. Mas hoje fazer música nova é também fazer novos sons. E é sentado frente a um computador que compõem boa parte dos Mozarts dos nossos dias. Já sabemos que os bebés gostam mais deste programa do que a maioria dos seus papás e avós. Mas não podíamos deixar de lhes oferecer algumas emoções inesperadas”, refere Lameiro.