Viver
"Continuo a acreditar que o que faz falta é animar a malta"
Helena Godinho, responsável pela gestão e programação da Casa da Cultura na Marinha Grande, fala de fotografia, viagens, ioga e comida vegetariana.
É responsável pela programação e gestão da Casa da Cultura Teatro Stephens, mas vem de Leiria. Ainda lhe pedem o passaporte quando chega à Marinha Grande?
A minha relação com a Câmara da Marinha Grande está prestes a entrar naquela fase em que se renovam os votos. Estou nela de corpo e alma vai para 25 anos! Sou e venho de Leiria todos os dias, mas tenho na Marinha a minha segunda casa.
Por falar em rivalidades, a relação entre leirienses e marinhenses está: a) como água para chocolate b) como água e azeite 3) como água mole em pedra dura.
Gosto de pensar que não há drama nenhum nesta relação e que as rivalidades não passam verdadeiramente de um mito urbano... As oportunidades, sejam elas para pessoas, negócios, instituições, territórios, passam mais pelas alianças e pelas parcerias do que por vincar diferenças, animosidades ou incompatibilidades. Ainda acredito que o que faz falta é (animar a malta, como diz a canção) e humanizar os processos (como dizia o arquitecto Florindo Belo Marques), tendo sempre a noção que são as pessoas as responsáveis pela forma como se conduzem.
Desde que a Casa da Cultura descolou, quem é que a deixou nas nuvens?
Nas nuvens não direi (que sou muito de ter o pé no chão!), mas tenho sido muito feliz... Tem sido uma experiência enriquecedora e muito absorvente. Têm passado pelo palco do renovado Teatro Stephens muitos artistas, técnicos, produtores, uns mais conhecidos outros menos. Estás ali com aquelas pessoas e pensas: que privilégio!!!
Três desejos para a Marinha Grande, se lhe viesse parar às mãos uma lamparina mágica.
Ter o Centro Tradicional da Marinha Grande fervilhante de pessoas e atividades, habitantes e empreendedores, uma verdadeira montra do que de melhor se projeta e executa neste concelho; conseguir ter a população a viver a sua cidade, os seus espaços naturais e os equipamentos requalificados de forma feliz e orgulhosa! No caso particular do Teatro Stephens, saber que cada um dos habitantes da Marinha Grande já pisou a sala para ver um espectáculo pelo menos uma vez; um espectáculo no Teatro Stephens com o Benjamin Clementine, mas com oportunidade de o ter por cá uns dias para o levar a conhecer São Pedro de Moel, a arte xávega na Praia da Vieira, o Pinhal do Rei, Museu do Vidro e Núcleo de Arte Contemporânea e quem sabe vê-lo a soprar vidro no estúdio do senhor Alfredo Poeiras.
O tempo que dedica ao voluntariado é para compensar o horário de funcionária pública?
Ultimamente não o tenho feito (o voluntariado) tanto como gostaria, provavelmente por má gestão do tempo da minha parte. Ainda assim o voluntariado quando se pratica é por convicção e não para fazer disso notícia.
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