Covid-19
Covid-19: Falso peditório da AMI em Amor
Tragédias são contextos propícios a esquemas fraudulentos
Em Barreiros, na freguesia de Amor, duas pessoas com cerca de 30 anos vestidos com coletes reflectores cor-de-laranja bateram a algumas portas a pedir ajuda para a AMI – Assistência Médica Internacional.
Uma moradora estranhou e alertou a GNR, que rapidamente foi ao terreno, mas já não encontrou rasto dos pedintes.
“Os contextos de crise de proporções internacionais são, tradicionalmente, explorados por actores hostis do ciberespaço para sustentarem as suas campanhas de ciberataques no alarmismo social e na atenção mediática global sobre o tema.”
Este foi um dos alertas deixados esta semana pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
Além dos falsos peditórios que surgem nestes contextos, num mundo virtual é também através da internet e telemóvel que surge software malicioso.
Por exemplo, começou a circular informação sobre a Covid-19 Tracker, que é apenas uma aplicação capaz de infectar “equipamentos com malware”, alerta a Polícia Judiciária, um dos órgãos criminais que subscreveu o comunicado do CNCS.
O CNCS aconselha “extrema prudência no acesso, receção e partilha de conteúdos digitais associados ao novo coronavírus”, devido a eventuais aproveitamentos pelo cibercrime, pelo que apela para que seja "dada prioridade a fontes oficiais ou reputáveis de informação".
A nota de imprensa sublinha que o caso do Covid-19 “não tem sido excepção” no aproveitamento da tragédia para actos ilícitos e, desde Fevereiro, cresceram as campanhas de phishing ('pesca' de dados) por e-mail, SMS ou nas redes sociais, a coberto da imagem de entidades oficiais como a Organização Mundial de Saúde, a UNICEF ou centros de investigação e laboratórios, com conteúdos alusivos à pandemia, inclusive ficheiros em anexo, mas orientados para a captação de dados pessoais das vítimas ou para a infeção dos seus dispositivos com software malicioso.
O CNCS alerta ainda para esquemas de fraude digital partilhados por e-mail ou em redes sociais, que divulgam iniciativas de crowdsourcing para a recolha de donativos para falsas campanhas de compra de material médico ou de protecção pessoal.
Perigosos são ainda “SMS enviados a informar que, de acordo com a lei, estão a ser aplicadas medidas extraordinárias para o combate à Covid-19 e que todos os cidadãos nacionais serão vacinados, sendo garantido um reembolso dos custos pelo Governo.
Para tal, bastaria pagar uma determinada quantia indicada no SMS e através do registo no link enviado seriam posteriormente ressarcidos”.