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Danças e cantares tradicionais vão juntar crianças e idosos para mitigar a solidão

29 dez 2021 11:12

Projecto do Instituto Jovens Músicos arranca em Janeiro

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No próximo mês de Janeiro, arranca o projecto Gerações em 2 Pautas, do Instituto Jovens Músicos, reconhecido pela iniciativa Portugal Inovação Social e financiado através do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego e do orçamento do Município de Leiria.

Vai juntar crianças dos seis aos dez anos de idade com idosos, na sua maioria, institucionalizados.

Os grupos, que começarão por trabalhar separados, durante três semanas, nas escolas e nos lares, serão depois reunidos para actividades intergeracionais baseadas na música, nos cantares, nos dançares e nos costumes de quatro freguesias do concelho de Leiria.

Ir ao encontro do “património emocional”, “da individualidade de cada um” e da “identidade” representada pelas faixas etárias mais avançadas é um dos objectivos do Instituto Jovens Músicos, com sede na Caranguejeira, que pretende que os idosos sejam “actores principais” e “não apenas pessoas passivas” nas acções a desenvolver, explica Felisbela Barbosa, coordenadora do projecto Gerações 2 Pautas.

Prevê-se, por exemplo, recriar a vivência dos lavadouros, com pequenos concertos, num dos vários temas que concorrem para o propósito de proporcionar experiências e recuperar elementos da tradição que os mais velhos estão em condições de transmitir aos mais novos, contribuindo, assim, para a preservação da cultura partilhada localmente.

O Instituto Jovens Músicos conta envolver mais de 600 crianças dos seis aos dez anos do ensino básico e idosos institucionalizados ou não institucionalizados.

“É um projecto para a comunidade e implementado com a comunidade. Enquadra-se no domínio da saúde e desenvolve estratégias que desencadeiam mecanismos de prevenção no combate à doença mental, em resposta à situação pandémica provocada pela Covid-19”, refere um comunicado enviado à imprensa.

“Resgatar as memórias que os fazem felizes” e ajudar a mitigar a depressão, a solidão e o isolamento, adianta Felisbela Barbosa, sobre os grupos etários de maior idade.

A monitorização e avaliação de impacto estará entregue a investigadores da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria – ESECS.