Sociedade
Dez anos após a inauguração, Leiria quer esticar o Polis entre Cortes e Monte Real
Investimento. 37 milhões de euros mudaram para sempre a relação da cidade de Leiria com o rio. Uma década depois de concluído, o percurso Polis vai à faca. E pode crescer numa espécie de versão 2.0.
Em Leiria há um antes e depois do Polis. E no futuro pode haver um Polis antes e depois do Polis. Um novo tapete para caminhadas, corridas e passeios de bicicleta, a estenderse ao longo de quilómetros e quilómetros, sempre nas margens do Lis, a partir do circuito que os leirienses já conhecem.
É esta a visão que o presidente da Câmara Municipal de Leiria anuncia, a propósito dos dez anos da inauguração das obras do programa Polis, que inscreveram o ponto final no divórcio entre a cidade e o rio.
José Sócrates, já primeiro-ministro, descerrou a placa alusiva à cerimónia a 29 de Agosto de 2007, no jardim Luís de Camões. Agora, Raul Castro quer esticar o percurso Polis, desde o centro das Cortes até ao limite do concelho, a jusante.
Diz que há trabalho feito e fala em envolver os municípios vizinhos, Batalha, Porto de Mós e Marinha Grande, numa fase posterior, para ligar à foz e ao afluente Lena.
Na posse da Câmara existem diversos estudos realizados nos últimos anos, de natureza mais ou menos exploratória, que aprofundam o cenário de aproveitamento das margens do Lis para o lazer, fora dos 125 hectares que delimitam a intervenção do Polis em Leiria.
O que Raul Castro propõe é o prolongamento do perfil pedonal e ciclovia, lado a lado com a linha de água, a montante e a jusante.
"Estamos neste momento a fazer o levantamento entre o centro das Cortes e São Romão para criar ali uma estrutura ao longo do rio que permita fazer a ligação entre o centro das Cortes e o percurso Polis em São Romão. E há intenção de evoluir este projecto, a partir do sítio onde hoje termina o percurso Polis, na zona da Estação. Queremos avançar com a construção do percurso ao longo do rio até ao limite do concelho, isto é, na zona de Monte Real", explica.
Para o efeito, impõe- se negociar com os proprietários dos terrenos, a maioria privados. Numa lógica semelhante à Estrada Atlântica, que permite circular de bicicleta junto à costa do distrito de Leiria, desde a praia do Osso da Baleia até ao Sítio da Nazaré, graças ao envolvimento em parceria de cinco municípios, também a valorização das margens do Lis "está a suscitar o interesse" dos autarcas vizinhos, afirma Rau
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